Momento de revelação

Moradores do Jardim Los Angeles estão indignados com as obras que estão sendo realizadas naquele que era uma reminiscência de um jardim residencial, ao final da Avenida Sete de Setembro.
Anos atrás retiraram uma pinguela da Rua Airton Plaisant abrindo a comunicação com o bairro vizinho e aumentando a insegurança, depois permitiram um alvará comercial para uma residência do lado esquerdo da Rua Edmir D’Avila, onde foi montada uma loja de automóveis – agredindo visualmente a entrada do Jardim Los Angeles.
E agora o absurdo maior, a Rua Edmir D’Avila está sendo alargada, diminuindo consideravelmente as calçadas das residências, para criar um sistema binário com uma rua paralela, abrindo definitivamente o Jardim Los Angeles a avenidas e ruas próximas, a construção de uma ciclovia e uma faixa exclusiva para ônibus que invadira definitivamente aquele que era um jardim de residências de grandes portes e de famílias conhecidas que lá residem há anos.
O “avanço do progresso” acabou com um dos últimos bairros exclusivamente de moradias.

Batel
Outro exemplo que podemos constatar na cidade, são as ruas Hermes Fontes e Carmelo Rangel, no Batel, exclusivamente residencial desde os anos 60 com casas de época, grandes e maravilhosas, dando lugar a edifícios de moradia.
Não custavam manter pelo menos essas duas ruas que tinham imóveis genuínos de uma época na cidade, com obras dos anos 50, 60 e 70.
Exemplo dessa preservação é o Jardim Europa em São Paulo, onde foi mantido um bairro tradicional e a preservação das construções que marcaram época da cidade.
O progresso tem seu preço, vítima da especulação imobiliária sem pensar na manutenção da história da cidade.