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01/05/2024



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Clima tenso: El Niño trará sérias consequências econômicas

 Clima tenso: El Niño trará sérias consequências econômicas

Climatologistas já sabem que o fenômeno El Niño está ativo e que deve provocar mudanças severas no clima, principalmente entre o final de 2023 e os primeiros meses de 2024. Mas suas consequências podem ser de médio e longo prazos. Pesquisadores americanos do Dartmouth College avaliam que este El Niño pode causar perdas de até US$ 3,4 trilhões na economia global, com consequências ao longo dos próximos cinco anos. Citando outros dois episódios climáticos que tiveram o protagonismo do El Niño, em 1982-83 e 1997-98, o estudo afirma que só os Estados Unidos perderam 3% do PIB nos cinco anos seguintes aos desastres provocados pelo fenômeno nas duas ocasiões. Se a situação se repetir agora, o prejuízo estimado para a economia americana é de US$ 699 bilhões. A pesquisa do Dartmouth College também avaliou reflexos para o mundo caso haja o aumento do aquecimento global, que acelera a frequência e a potência do El Niño. As projeções indicam perdas econômicas globais de US$ 84 trilhões até o final deste século. O fenômeno aquece a superfície do Oceano Pacífico, altera o regime de chuvas, provocando maior volume de precipitações, mais inundações e enchentes. A La Ninã, tem efeito contrário.

 

Seguro ESG (I)

A Net-Zero Insurance Alliance (NZIA), criada por seguradoras e resseguradoras globais para estimular seus clientes a reduzir emissões de gases de efeito estufa (GEE) e contribuir com a descarbonização da economia, está perdendo adeptos. Das 30 companhias que iniciaram a empreitada, pelo menos nove já deixaram o grupo. Várias alegaram preocupações com legislações antitruste e ações anti-ESG nos Estados Unidos.

 

Seguro ESG (II)

Apesar da debandada, a NZIA acredita que a indústria de seguros terá um papel relevante na batalha contra o aquecimento global. Muitas companhias já estão adotando critérios ESG na avaliação de risco dos contratos. A preocupação está nos números. No ano passado, quase metade dos US$ 275 bilhões em prejuízos causados por desastres naturais, muitos deles atribuídos à mudança climática, foram cobertos por apólices de seguros.

 

Seguro ESG (III)

Em janeiro, seguradoras globais firmaram um acordo com a ONU para criar e colocar em prática um protocolo de metas para acelerar a transição para a economia de zero carbono. No Brasil, questões ambientais, sociais e de governança (ESG) também estão no radar da Superintendência de Seguros Privados (Susep). A instituição editou a Circular 666/22 para estabelecer requisitos de sustentabilidade em negócios de seguradoras, organizações de previdência complementar e sociedades de capitalização.

 

Perdas da natureza

O Relatório Anual de Desmatamento no Brasil (RAD), do MapBiomas, indica que o País perdeu dois milhões de hectares de natureza em 2022. Um acréscimo de 22,3% sobre o estudo anterior. O bioma amazônico e o cerrado foram as maiores vítimas. O Pará está no topo do ranking, com 22,2% do total da área desmatada, seguido por Amazonas (13,3%), Mato Grosso (11,6%), Bahia (10,9%) e Maranhão (8,2%).

 

Euros para H2v

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou que o bloco pretende investir 2 bilhões de euros (R$ 10,5 bilhões) para estimular a produção de hidrogênio verde (H2v) no Brasil nos próximos anos. O novo combustível é uma das apostas dos europeus para reduzir as emissões de carbono e acabar com a dependência de fontes fósseis.

 

Taxonomia verde

A Comissão Europeia (CE) é um dos três organismos deliberativos da União Europeia (UE), junto com o Parlamento e o Conselho, e promete divulgar ainda em junho regras para classificar atividades econômicas sob o prisma ambiental. A medida vai complementar normas já em vigor, que abrangem 13 setores produtivos. O primeiro pacote da taxonomia verde da Europa foi publicado em janeiro de 2022. Se não houver objeções, os novos critérios passarão a vigorar no início de 2024. A partir disso, haverá impactos em países que fazem comércio com o bloco, incluindo o Brasil.

 

Construção sustentável (I)

A indústria da construção civil tem um longo caminho a percorrer no processo de redução de emissões de carbono na sua cadeia produtiva. Para alcançar a meta de carbono zero até 2050, o setor precisa diminuir suas emissões em 8% ano. O mundo gera cerca de 100 bilhões de toneladas de resíduos em construções, reformas e demolições. Caso novas práticas e estratégias construtivas fossem amplamente aplicadas nos países mais ricos (G7) as emissões de GEE ao longo do ciclo de materiais poderia cair em mais de 80% até 2050, segundo relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

 

Construção sustentável (II)

A boa notícia é que crescem as certificações de edifícios verdes e energeticamente eficientes. Houve aumento de 19% desde 2020. Hoje, há 74 sistemas de certificação em todo o mundo e 184 países têm edifícios certificados. Além do reconhecimento, que agrega valor ao empreendimento, o título contribui para a disseminação de conhecimento sobre novos aspectos da engenharia e da arquitetura.

(Foto: Jonathan Ford/Unsplash)

 

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