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07/09/2024

silvio lohmann

Europa tem novos critérios para classificar produtos sustentáveis

Produtos vendidos na União Europeia terão que respeitar uma nova legislação se quiserem ser reconhecidos como sustentáveis. A ideia é que bens físicos tenham selos semelhantes aos que indicam a eficiência energética em eletrodomésticos, mas com novas informações. Entre elas estão a perspectiva de durabilidade, facilidades de reciclagem, uso de elementos tóxicos ou poluidores, condições de reparo e reaproveitamento de componentes e o tamanho da pegada de carbono ao longo do ciclo de vida.

Chamada de Regulamento de Design Ecológico para Produtos Sustentáveis, a norma acaba de entrar em vigor e vale para praticamente todas as categorias de produtos colocados no mercado da comunidade europeia. O propósito é “melhorar significativamente a circularidade, o desempenho energético e outros aspectos de sustentabilidade ambiental” daquilo que os europeus consomem.

O novo regulamento também proíbe a destruição de materiais têxteis e calçados que não foram vendidos, além de obrigar as empresas a divulgar anualmente informações sobre o volume de produtos que descartam, com a anotação de uma justificativa.

A aplicação efetiva das novas regras será paulatina, “numa base produto a produto, ou horizontalmente, com base em grupos de produtos com características semelhantes”. A primeira etapa será a definição de segmentos prioritários e a elaboração de um plano de execução.

 

Mais petróleo e emissões

O relatório Statistical Review 2023, divulgado agora em julho pela organização inglesa Energy Institute informa que o consumo de petróleo ultrapassou, pela primeira vez na história, a marca de 100 milhões de barris por dia no ano passado. O estudo também informa que o consumo total de energia primária superou a média dos últimos dez anos e ficou 5% acima do nível pré-Covid (2019). Em paralelo, as emissões de gases de efeito estufa relacionadas à energia ultrapassaram 40 GtCO₂e (gigatoneladas de carbono equivalente).

 

Temperatura global

O Instituto Copernicus anunciou que 21 de julho de 2024 foi o dia mais quente já registrado no mundo. A temperatura média global foi de 17,09°C. Segundo o observatório europeu, que reúne informações sobre o clima desde 1940, os dados registrados ainda são preliminares, mas devem se confirmar. O recorde de calor (17,08°C) tinha sido registrado em julho do ano passado.

 

Calor europeu

A onda de calor que atingiu a Europa fez os termômetros registrarem 42ºC. Itália e Grécia fazem alertas de cuidados aos turistas por conta das altas temperaturas. O governo grego proibiu inclusive o comércio de rua e outras atividades ao ar livre, como serviços de entrega e construção civil, durante o período mais quente do dia, entre 10h e 16h. A Espanha previu temperaturas de 44ºC em algumas regiões e países dos Balcãs, como Albânia, Croácia, Sérvia, Bósnia, Romênia e Macedônia do Norte, também sofrem com o calor intenso.

 

Bateria baiana

A Bahia será sede da primeira indústria de baterias de lítio da América Latina. O empreendimento é da Bravo Motor Company (BMC) Brasil Energy e o investimento anunciado é de R$ 1,27 bilhão. O local escolhido é. Inicialmente projetada para ser instalada em Nova Lima (MG), a unidade migrou para São Sebastião do Passé por conta de atritos com o governo mineiro e pela proximidade com a futura fábrica de carros elétricos e híbridos da chinesa BYD.

 

Energia nacional

O Brasil somou mais 5,7 GW de potência instalada no primeiro semestre de 2024, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com isso, o parque gerador brasileiro chegou a 203,9 GW. A matriz elétrica centralizada é formada por usinas hidrelétricas (53,88%), eólicas (15,22%), de biomassa (8,31%) e solares (6,1%). As maiores fontes não renováveis são gás natural (8,78%); petróleo (3,92%); e carvão mineral (1,7%).

 

Brasil solar

Dados atualizados da Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (Absolar) revelam que a fonte solar alcançou 44 GW de potência instalada no Brasil. As grandes usinas (geração centralizada) podem produzir 14 GW de energia, enquanto as placas domésticas (geração distribuída) somam 30 GW de capacidade instalada.

 

Energia chinesa

A matriz energética da China é intensiva em combustíveis fósseis. Carvão, principalmente, e petróleo respondem por 65% da geração do País que responde por 30% das emissões de carbono do mundo. Mas os chineses também estão na vanguarda das fontes renováveis, e segundo um relatório do Climate Energy Finance ainda em julho as usinas eólicas e solares vão alcançar 1,2 terawatts (TW) de capacidade instalada. O volume chega seis anos antes do previsto no plano de descarbonização do setor elétrico chinês, que atualmente produz 3,7 TW para sustentar o crescente consumo nacional.

 

Balsa a hidrogênio

A primeira balsa comercial para transporte de passageiros movida a hidrogênio começa a ser testada na baía de São Francisco, nos Estados Unidos. A embarcação tem capacidade para 75 passageiros e autonomia para navegar 550 quilômetros – ou 16 horas – antes de reabastecer. O serviço será gratuito nos seis meses de teste e a iniciativa faz parte do ambicioso plano do governo californiano de reduzir emissões de carbono. Em 2023, autoridades anunciaram que 50% do volume de diesel historicamente consumido na Califórnia já havia sido substituído por combustíveis limpos.

(Foto: Tim Mossholder/Unsplash)

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