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30/04/2024



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Financiamento indireto estimula produção de petróleo e gás

 Financiamento indireto estimula produção de petróleo e gás

Mesmo depois de vários compromissos internacionais para descarbonizar a economia, na prática muitos países não estão seguindo o receituário para reduzir a velocidade do aquecimento global. A Climate Action Tracker (CAT), uma plataforma internacional que monitora ações de 32 países que concentram 80% das emissões de gases de efeito estufa, relata em estudo preparado para a COP28 que “nenhum dos maiores produtores de combustíveis fósseis do mundo se comprometeu a encerrar novos investimentos na produção de petróleo e gás e, em vez disso, estão aumentando-os”. O relatório também diz que a maioria dos países ricos não conseguiu eliminar os subsídios para a exploração de petróleo e gás, apesar das promessas de encerrar os apoios financeiros em 2022. “Muitos governos continuam a fornecer financiamento indireto ao gás fóssil por meio de intermediários financeiros”, aponta o relatório da CAF, que acrescenta que a justificativa usada é a crise energética provocada pela guerra da Rússia contra a Ucrânia.

 

Petróleo na transição

A plataforma criada pela Agência Internacional de Energia Renovável para acelerar investimentos em soluções para a transição energética deve ter o apoio dos países exportadores de petróleo. O fundo da OPEP promete aportar US$ 250 milhões na iniciativa até 2030. A meta da agência era captar US$ 1 bilhão, mas com a contribuição dos produtores de petróleo o objetivo deve ser superado. Inicialmente, a ideia era buscar recursos em instituições financeiras internacionais, bancos multilaterais de desenvolvimento, entidades do setor empresarial e doadores individuais.

 

Regulação ESG (I)

O mercado financeiro global deverá movimentar US$ 34 trilhões em ativos ancorados em práticas ESG até 2026, de acordo com a Asset and Wealth Management Revolution 2022: expectativas exponenciais para ESG, uma pesquisa global da PwC. O volume pode variar de acordo com as regras e regulações que estão sendo criadas para comprovar a responsabilidade das empresas com aspectos sociais, ambientais e de governança.

 

Regulação ESG (II)

Na divulgação do seu estudo, a PwC afirma que “o mercado enfatiza a urgência de se afastar dos investimentos orientados para ESG e, em vez disso, integrar os princípios ESG no coração de seu propósito, estratégia e processos de gestão de investimentos”. As análises de dados serão cada vez mais rigorosas e amplas, com grandes desafios a serem vencidos por companhias listadas em bolsa de valores.

 

Regulação ESG (III)

No Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) prepara duas novas normas. A primeira delas trata da divulgação de medidas ESG por empresas de capital aberto, que precisarão reportar suas atividades em um formulário específico. A outra iniciativa tem como foco a regulação dos fundos socioambientais. Este movimento servirá para valorizar quem faz a coisa certa e afastar do balcão de negócios quem se apropria da sigla ESG para fazer marketing.

 

Suíça mais verde (I)

Os suíços aprovaram nas urnas um conjunto de medidas para ajudar a conter a crise climática. A Lei Federal de Metas de Proteção do Clima busca o desenvolvimento de fontes mais ecológicas e de produção própria de energia. A Suíça importa quase 80% da energia que consome e, agora, criou um pacote de incentivos de US$ 2,2 bilhões para que o atual sistema de calefação, baseado em petróleo e gás, seja substituído por alternativas sustentáveis. A população do País conhece bem os efeitos das mudanças climáticas. As geleiras nos Alpes suíços perderam um terço de seu volume em duas décadas.

 

Suíça mais verde (II)

A Suíça é um dos países mais caros do mundo para se viver, mas também oferece muitos benefícios fiscais para atrair empresas globais, que pagam salários maiores. Junto com as mudanças legais sobre o clima, o País aprovou a cobrança de um imposto sobre a operação de multinacionais que faturam acima de US$ 800 milhões. Para isso, a Suíça deverá aderir a um acordo internacional liderado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que propôs a criação de um tributo internacional a ser cobrado de companhias globais. A medida reúne 140 países, inclusive o Brasil, tem alíquota de 15% e deve ser implantada em 2024.

 

Bateria sem cobalto

Pesquisados da Universidade da Califórnia (EUA) estudam uma nova geração para baterias de íon-lítio, sem a utilização do cobalto, um elemento cuja mineração provoca grandes impactos socioambientais. O maior produtor do minério é o Congo. O novo modelo potencializa as funções do níquel na composição das baterias que podem ser utilizadas em carros, celulares ou tablets. O mineral tem custo mais elevado, mas pode ser utilizado em uma concentração muito menor.

 

Tudo é química (I)

Uma das principais exigências do mercado de carros elétricos (EV’s) é uma grande autonomia dos veículos. Mas, hoje, muitos modelos eletrificados rodam mais quilômetros que similares com motores à combustão. Outra dificuldade é o reabastecimento. Por isso, se busca por baterias mais eficientes e de recarga rápida. Soluções inovadoras virão de combinações químicas diferentes da composição tradicional de lítio, níquel, manganês e cobalto (NMC), apostam os especialistas.

 

Tudo é química (II)

A disputa pelo mercado global exigirá inovações e muita química. A Toyota promete uma linha de veículos elétricos com baterias com autonomia de 1.450 quilômetros e sistema de recarga de até 80% em 20 minutos. A marca japonesa, que atualmente aposta em modelos híbridos, quer oferecer a nova geração de baterias para 2026, com alcance de 970 quilômetros. A meta é ampliar em 50% esta autonomia até 2028. A companhia pretende vender 3,5 milhões de EV’s até 2030.

 

Tudo é química (III)

Citado em reportagem do site Mobiauto, Mujeeb Ijaz, fundador da One (Our Next Energy), informa que sua empresa também trabalha na evolução das baterias para carros. Em primeiro lugar, a startup pensa em reduzir custos. Segundo Ijaz, cada kWh na tecnologia NMC (Níquel, Manganês e Cobalto) tem custo de US$ 115,00. A composição de fosfato de ferro e lítio (LFP) custa US$ 75,00 o kWh. O produto que ele pretende lançar, com o mesmo volume de energia, terá um preço de US$ 50,00.

(Foto: Zbynek Burival/Unsplash)

 

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