HojePR

Mundo dos negócios prioriza sustentabilidade e clima

09/02/2023
sustentabilidade

O relatório da pesquisa Sustentabilidade CxO de 2023 da Deloitte: Acelerando a Transição Verde, que avalia questões ligadas a agenda ESG e foi realizada com dois mil altos executivos em 24 países, mostra que a sustentabilidade está entre as maiores preocupações das corporações empresariais e virou prioridade no mundo dos negócios. O tema fica à frente da inovação, da competição por talentos e desafios da cadeia de suprimentos, e “ligeiramente” atrás dos aspectos estritamente econômicos que movem o universo corporativo. Segundo 75% dos entrevistados, suas organizações aumentaram os investimentos em ações de sustentabilidade no ano passado, e 20% destes disseram que o aumento foi significativo.

 

Sustentabilidade x negócios (II)

O estudo da Deloitte mostra que quase todos os executivos revelaram que as empresas onde atuam sentiram os impactos das mudanças climáticas em 2023. O maior problema citado foi a escassez/custo de recursos (46%). Na segunda posição ficou a mudança nos padrões de consumo/preferências (45%). Para 43% a regulamentação de emissões foi a maior dificuldade relacionada ao clima. Outra citação importante é a de que a mudança climática está afetando negativamente a saúde física (37%) e mental (32%) dos funcionários.

 

Sustentabilidade x negócios (III)

Segundo o estudo da Deloitte, o reconhecimento e a reputação da marca, a satisfação do cliente e o moral e o bem-estar dos funcionários são os principais benefícios dos seus esforços de sustentabilidade. Os dados sugerem que os executivos ainda buscam definir ganhos financeiros de longo prazo com as medidas adotadas. Para se adequar ao que o momento exige, 59% citam o uso de materiais mais sustentáveis e o aumento da eficiência da energia nos seus processos, além do treinamento de funcionários (50%) e desenvolvimento de novos produtos ou serviços ecológicos (49%).

 

ESG internacional

A procura por formação, qualificação e aperfeiçoamento profissional nas práticas ESG movimenta o mercado educacional. Não faltam opções domésticas, mas muita gente tem procurado escolas internacionais para ampliar seus conhecimentos, de olho em salários bastante generosos oferecidos para profissionais mais graduados no tema. Segundo a Student Travel Bureau (STB), consultoria em educação internacional, o número de brasileiros procurando um intercâmbio nessa área em 2022 teve aumento de 80% em relação ao ano de 2019. Estados Unidos, Canadá e Reino Unido são os principais destinos.

 

Estranho no ninho?

O organizador da COP28, próxima conferência da ONU sobre o clima que será realizada nos Emirados Árabes Unidos, é Sultan Ahmed Al-Jaber. A indicação causou certa surpresa entre os envolvidos nas discussões climáticas, uma vez que Al-Jaber é o principal diretor da petrolífera ADNOC. “É nosso interesse ter uma indústria energética trabalhando junto com o restante nas soluções de que o mundo precisa”, rebateu. “Não podemos desconectar o atual sistema antes de ter construído o novo”, acrescentou, assumindo o compromisso de “reunir toda a indústria energética para acelerar as coisas”.

 

Klabin é Triple A

A Klabin Papel e Celulose é a única organização empresarial da América Latina com nota máxima na lista Triple A, que considera o engajamento de corporações em relação às mudanças climáticas, florestas e segurança hídrica. Neste patamar estão apenas 12 das 15 mil empresas que receberam alguma nota no ranking de 2022 elaborado pelo Carbon Disclosure Project (CDP), que administra um sistema mundial de divulgação de informações ambientais por empresas, cidades, Estados e regiões.

 

Construção sustentável

A indústria da construção civil é um dos setores econômicos que mais contribuem para o aumento do aquecimento global, sobretudo com a emissão de gases poluentes. Assim, a construção sustentável passou a ser uma exigência de mercado e está na ordem do dia, pelo menos no bloco europeu. A Comissão Europeia prepara uma normativa para pressionar o setor a desenvolver soluções sustentáveis para edificações já existentes e vai obrigar que, a partir de 2030, toda nova obra tenha 0% de emissões de carbono.

 

Elétrico mais barato

O comércio de veículos elétricos ganhou um novo capítulo desde o final de 2022. A Tesla, que vê a concorrência global crescer e as suas vendas diminuírem, resolveu ser mais agressiva nos preços e reduziu o valor de venda do Model Y nos EUA, que passou de US$ 65,9 mil para US$ 52,9 mil. A montadora americana também baixou os preços dos veículos fabricados na China, aplicando descontos de até 9,4% em outubro e 13,5% em janeiro. No mercado chinês, os elétricos respondem por 35% das vendas de carros zero quilômetro e o movimento da Tesla está obrigando as marcas locais a segurar seus preços.

 

Energia renovável

Em 2022, as usinas hidrelétricas responderam por 73,6% do total da energia gerada no Brasil, com 45.613 MW médios. O parque eólico nacional respondeu por 14,6% (9.066 MW), enquanto as demais fontes – biomassa, pequenas centrais elétricas (PCH), solar e as centrais geradoras hidrelétricas (CGH) – alcançaram 11,8% (7.291 MW) da geração nacional. Os dados são da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O Sistema Interligado Nacional (SIN) a produção de fontes renováveis no ano passado foi o maior da última década.

(Foto: Drew Beamer/Unsplash)

 

Leia outras colunas do Silvio Lohmann aqui.

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *