Pesquisadores do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETH), escola que formou Albert Einstein, desenvolveram uma tecnologia de reciclagem química do plástico. Segundo estudo publicado pela revista Science, o material resultante pode ser reaplicado em produtos de alta qualidade. Atualmente, a maioria dos resíduos plásticos é triturada e depois derretida. Com isso, perde propriedades e gera subprodutos pobres.
O novo processo envolve colocar o plástico (polímero) em um solvente e aplicar uma luz violeta para gerar reações e produzir monômeros, que é a menor parte dos polímeros, e outros produtos químicos. Nenhum reagente é necessário. Remontados, os monômeros voltam para a cadeia produtiva e podem gerar novos plásticos de alta qualidade, “criando um ciclo verdadeiramente sustentável”, dizem os cientistas. O método é eficiente e relativamente barato, mas lento. Por isso, ainda é necessário de aperfeiçoamento.
Decrescimento demoeconômico (I)
Em um artigo publicado no portal Ecodebate, o doutor em demografia José Eustáquio Alves Diniz sustenta a tese do decrescimento demoeconômico. “É uma proposta radical, mas fundamentada em evidências científicas sobre os limites do planeta”, defende o autor. Em síntese, o mundo não deveria “forçar o crescimento econômico e populacional” porque a capacidade de carga da Terra (recursos naturais) já foi ultrapassada.
Decrescimento demoeconômico (II)
Diniz Alves cita vários períodos da evolução humana e os impactos no meio ambiente. Em um dos exemplos ele pontua: “Para 2022, com uma população mundial de cerca de 8 bilhões de habitantes, a pegada ecológica (impacto do ser humano sobre a biosfera) está estimada em 20,6 bilhões de hectares globais (gha) e a biocapacidade (capacidade regenerativa da natureza) global em 12 bilhões de gha. Portanto, o déficit ecológico absoluto é de 8,6 bilhões de gha e o déficit relativo é de 71%”.
Certificador de carbono
A Casa da Moeda do Brasil (CMB) é a primeira Certificadora Nacional de Créditos de Carbono totalmente nacional. A habilitação foi feita pela Secretaria Nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros (SNFI), que é vinculada ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. A lei que regulamenta o mercado de crédito de carbono e a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE) foi sancionada em dezembro de 2024.
Carga recorde (I)
O Brasil bateu recorde de demanda por eletricidade às 14h24 do último dia 21 de fevereiro. O consumo alcançou 104,7 megawatts. Em 2025, o País já havia batido outros três recordes. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) “a demanda de carga vem sendo diretamente impactada pelas condições climáticas e altas temperaturas registradas em diferentes regiões do país”.
Carga recorde (II)
A demanda por energia sobe, mas empresas que mantêm parques de geração renováveis no Brasil acenderam um sinal de alerta. A Engie avalia que o Operador Nacional do Sistema (ONS) deve impor cortes de 10% na produção de grandes usinas eólicas e solares do Nordeste. Haveria excesso de oferta e dificuldade de transmissão daquilo que pode ser gerado, estressando as linhas. As geradoras se movimentam para cobrar uma compensação pelos prejuízos.
Leilão de energia
A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) formalizou ao governo federal pedido de inclusão da geração fotovoltaica no Leilão de Energia Nova A-5, previsto para agosto. A organização sustenta que a inclusão da fonte na disputa aumenta o nível de competitividade e pode reduzir o preço final ao consumidor. As grandes usinas solares do Brasil têm capacidade instalada para gerar 17 gigawatts (GW) de energia. Mais da metade disso está localizado no Nordeste. A geração distribuída (placas domésticas) alcança 35 GW. Os parques eólicos somam 33 GW.
Tijolo ecológico
Uma pequena fábrica de tijolos ecológicos ganhou destaque pela solução apresentada. A Yapo, instalada em Teresina (PI), desenvolveu um material que mistura argila ou terra, cimento, resíduos industriais e fibra natural que não precisa ser queimado em fornos. A cura é natural, após passar por uma prensa que dá formato e acabamento ao produto. Os encaixes reduzem a necessidade de grandes quantidades de argamassa na união das peças e diminui o investimento com reboco. A empresa informa que o tijolo é capaz de manter temperaturas mais agradáveis no imóvel e oferece também conforto acústico.
Construção europeia
A União Europeia (UE) estabeleceu um novo regulamento para a construção civil, que já está em vigor. As regras incluem um critério de sustentabilidade a partir do Passaporte Digital, que fornecerá todas as informações sobre produtos usados em obras, incluindo a declaração de desempenho e conformidade, informações de segurança e instruções de uso. Há, ainda, estímulo para o uso de elementos pré-fabricados ou modulares. O objetivo é reduzir os resíduos entre 10% a 15% nas fases de produção e fabricação.
Convicção
“A primeira coisa que, talvez, nos distancie um pouco deste debate é que a gente faz ESG não por moda, mas por convicção. E a nossa convicção não se moveu ao longo de uma história de quase 48 anos”. A frase é de Fernando Modé, CEO do Grupo Boticário, em entrevista para Mariana Sgarioni, do site ECOA, publicado no portal UOL.
Foto: Marc Newberry/Unsplash
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