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30/04/2024



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Os horrores ambientais da guerra da Rússia contra a Ucrânia

 Os horrores ambientais da guerra da Rússia contra a Ucrânia

“Além dos enormes custos humanos, a guerra da Rússia contra a Ucrânia teve impactos devastadores no ambiente natural e no ambiente construído”, diz o artigo assinado médico americano Daniel Hryhorczuk, que faz uma análise dos impactos da guerra da Rússia contra a Ucrânia.

 

Com dados até novembro do ano passado, o estudo conduzido por Hryhorczuk, com o apoio de outros pesquisadores, estima que 500 mil soldados russos e ucranianos morreram ou ficaram feridos, e que mais de 30 mil civis perderam a vida no conflito iniciado em fevereiro de 2022.

 

Um recorte sobre os prejuízos causados à natureza projeta que guerra provocou danos ao meio ambiente que somam US$ 56,4 bilhões.

 

Para Hryhorczuk, a Ucrânia sofre com a generalizada “contaminação química do ar, da água e do solo”, e 30% do território do País abriga minas terrestres e munições não detonadas. Além disso, a destruição de paisagens por desmatamento e bombardeios afetou negativamente 30% de áreas ambientais antes protegidas.

 

Em outra iniciativa para mapear os horrores da guerra para além do número de vítimas, voluntários do Centro de Iniciativas Ambientais Ecoaction contabilizaram 1.500 atos da Rússia contra a Ucrânia com potencial de causar impactos ambientais prolongados ou irreversíveis. Nesta perspectiva entram a destruição de infraestrutura urbana e logística, a explosão da hidrelétrica de Kakhovka e outros sistemas de energia e água, ataques a instalações de indústrias químicas, incêndios florestais e bombardeios no Mar Negro, que afetaram a vida marinha. Há ainda o risco da ocupação da usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa.

 

Todo o histórico de prejuízos ambientais causados pela invasão russa será colocado em um mapa interativo da organização ucraniana.

 

Nova recicladora (I)

Curitiba recebeu a primeira fábrica da Packem WEEN no Brasil, que promete reciclar 1,2 bilhão de garrafas pet por ano, volume duas vezes maior que o descarte deste tipo de embalagem pela população da capital. Inicialmente, a unidade vai fornecer flocos de material lavado, picado e moído (flakes) para a produção de big bags 100% sustentáveis projetadas pela própria companhia para atender a agricultura brasileira. Cada “sacola gigante” tem capacidade para armazenar até duas toneladas de fertilizantes, grãos ou sementes, por exemplo. A meta com a nova planta é buscar outros mercados.

 

Nova recicladora (II)

Com um modelo de negócio baseado em economia circular, a Packem já entregou 2 milhões de big bags no último ano e iniciou o processo de retorno das unidades para reciclagem. Numa segunda fase, a indústria informa que irá produzir material descontaminado e processado (PET/PCR) que poderá ser usado na fabricação de embalagens para indústria alimentícia brasileira. O investimento total será de R$ 75 milhões no projeto WEEN, que é a sigla de Waste Elimination & Environmet Nurturing – Eliminação de Resíduos e Desenvolvimento Ambiental.

 

Carro limpo (I)

No final de março, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) publicou as regras de habilitação para que empresas possam acessar os benefícios do programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), do governo federal. Em pouco mais de 10 dias, 23 companhias aderiram ao projeto que oferece R$ 19,5 bilhões em incentivos para a descarbonização da frota automotiva.

 

Carro limpo (II)

De acordo com o ministério, as empresas já habilitadas são: Toyota, Horse, Renault, Peugeot-Citroen, Volkswagem, Sodecia, GM, Mercedes-Benz, Nissan, Honda, Weg Drive & Controls, Marcopolo, FCA Fiat Chrysler, Weg Equipamentos Elétricos, FTP, Eaton, On-Highway, Volkswagen Truck & Bus, Bosch, Faurecia, FMM, Schulz e Ford (centro de pesquisa).

 

Modo americano (I)

Vontade política nem sempre resulta em ação prática. Nem nos Estados Unidos. Há um ano e meio o presidente Joe Biden divulgou uma série de medidas ambientais que seriam adotadas pela sua administração para descarbonizar as atividades do governo americano, que é o maior comprador de bens e serviços do mundo e gasta US$ 700 bilhões por ano com fornecedores. Uma das ideias era exigir que os contratados divulgassem relatórios de emissões de carbono e riscos climáticos das suas operações. As exigências aumentariam de acordo com o porte das empresas, mas todos deveriam se comprometer com metas de redução de emissões. As regras seriam estabelecidas por um comitê específico.

 

Modo americano (II)

Até aqui, nada de efetivo aconteceu porque há resistência de políticos republicanos e das indústrias militar e aeroespacial, que respondem 2/3 das compras federais americanas e alegam riscos à segurança nacional, caso sejam obrigadas a divulgar os dados. Mesmo assim, os órgãos responsáveis pelo regulamento prometem formalizar uma normativa até o final de maio. Ocorre que, caso sejam aprovadas, as regras podem ter vida curta se Donald Trump voltar à Casa Branca nas eleições de novembro.

 

Trem chinês

A estatal chinesa CRRC testou seu primeiro trem a hidrogênio e afirma que a composição chegou a uma velocidade de 160 quilômetros por hora, com autonomia de 1.000 quilômetros. Trata-se de um padrão já alcançado por outros fornecedores globais, como a alemã Siemens e a francesa Alston. A diferença, sustentam os chineses, é que o seu comboio oferece melhor eficiência energética. O trem será utilizado em linhas não eletrificadas da rede ferroviária da China antes de ser oferecido ao mundo.

 

(Foto: Alexei Scutari/Unsplash)

 

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