Até bem pouco tempo, se um headhunter perguntasse a um candidato a um cargo em uma grande corporação quais seus propósitos no emprego certamente ouviria um discurso padrão na linha de comprometimento com a missão da empresa para produzir resultados. Hoje, a situação está diferente. A agenda ESG ganhou visibilidade e a palavra propósito adquiriu nova interpretação dentro do universo corporativo. A edição 2022 da pesquisa Randstad Workmonitor revela o atual comportamento de quem busca oportunidades para evoluir na carreira. “A dinâmica entre talentos e empregadores mudou. Agora, um maior senso de propósito orienta as escolhas”, diz a apresentação do levantamento. Alguns dos desejos mais citados pelos entrevistados da pesquisa foram: busca pela felicidade, propósito antes do salário, flexibilidade e crescimento pessoal. Para 33% dos 30 mil trabalhadores ouvidos em 34 países é preferível ficar desempregado do que ser infeliz no trabalho.
Mercado ESG segue aquecido
Reportagem da Folha de S. Paulo mostra que o mercado de trabalho para profissionais com conhecimento em práticas ESG se mantém aquecido. A falta de gente capacitada eleva o nível de salários, que pode chegar a R$ 28 mil para os níveis de gerência executiva. “Especialistas são unânimes ao afirmar que o futuro será sombrio para empresas que não se preocupam com o meio ambiente, com as pessoas e com a ética de seus processos”, aponta a matéria. Para 55% das empresas pesquisadas pelo Guia Salarial 2023 da Robert Half a falta de mão-de-obra qualificada é um obstáculo para avançar na agenda ESG.
Norma técnica ESG
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) lança no próximo dia 14 de dezembro, na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) a Norma ABNT PR 2030, a primeira que abrange as práticas ESG do Brasil. Em setembro, a organização instituiu a ABNT NBR ISO 37000:2022 – Governança de organizações – Orientações, que também trata de boas práticas empresariais.
Commodities proibidas na Europa
O Parlamento Europeu aprovou nesta semana uma regulamentação que proíbe que países do bloco importem commodities produzidas em terras de floresta desmatada, mesmo que de forma legal. A medida obrigará as empresas exportadoras a comprovar, por meio da chamada declaração de “due diligence”, que os produtos não são provenientes de áreas com desmatamento registrado após 31 de dezembro de 2020. Está vedada a compra de carne, soja, madeira, borracha, café, cacau e óleo de palma, além de uma lista de produtos derivados, que inclui couro, móveis e chocolate.
Frota elétrica chinesa
Em 2021, a China contabilizava uma frota de 3,4 milhões de veículos elétricos e em 2022 continua sendo líder deste mercado. O volume total de vendas neste ano deve alcançar 5,5 milhões de unidades, de acordo com a China Passenger Car Association (CPCA). A organização contabilizou, só em setembro, 507 mil emplacamentos de carros elétricos puros. As duas montadoras que mais venderam modelos foram a chinesa BYD e a norte-americana Tesla. O governo local implantou um forte programa de subsídios para modernizar a frota do País.
Tarifas de energia
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) projeta uma alta de 5,6% nas tarifas médias do País para 2023. Em relatório apresentado para a equipe de transição do governo federal, a agência informou que sete distribuidoras terão aumento na faixa de 14,3%; 15 ficarão na média de 7,4%; para 17 companhias o reajuste fica na casa dos 2,7% e 13 concessionárias devem ter redução de 4,3%.
Bateria para ônibus
A companhia americana BorgWarner confirmou o início da fabricação de sistemas de baterias para veículos comerciais elétricos no Brasil a partir de 2023. A unidade de produção fica em Piracicaba (SP) e vai operar com a marca Akasol, empresa alemã adquirida pelo grupo americano no início deste ano. A capacidade inicial é de 4 mil sistemas de baterias por ano, que devem ser direcionados para a montagem de ônibus elétricos.
(Foto: Scott Grahan/Unsplash)
