Cem! Sim, caros leitores. Esta é a centésima coluna “O Bom e Velho Rock’n’Roll” aqui no HOJEPR. E falarei sobre uma das mais antológicas bandas de Los Angeles. A banda Eagles foi formada no início dos anos 1970 e representou maravilhosamente bem o espírito dessa década. Seu quinto álbum, Hotel California é um dos mais icônicos e extraordinários do rock’n’roll. Sua formação com os multi-instrumentistas e vocalistas Don Felder, Glenn Frey, Don Henley, Randy Meisner e Joe Walsh é de uma harmonia esplendorosa. Foi lançado em 8 de dezembro de 1976, com produção de Bill Szymczyk, e rapidamente atingiu a primeira posição das paradas em diversos países e vendeu mais de 32 milhões de cópias. Um sucesso mundial.
Hotel California, a faixa-título, é uma jornada musical envolvente que captura a atmosfera misteriosa e luxuosa da Califórnia. A guitarra dupla de Don Felder e Joe Walsh é notável, a levada da bateria e o baixo sofisticado são pontos altos da canção. A letra poética de Don Henley e Glenn Frey descreve uma experiência surreal em um hotel decadente. “Welcome to the Hotel California, Such a lovely place, (Such a lovely place), Such a lovely face, Plenty of room at the Hotel California, Any time of year, (Any time of year), You can find it here”.
New Kid In Town é uma balada suave que apresenta harmonias vocais exuberantes, uma marca registrada da banda. A melodia melancólica e a letra reflexiva exploram a efemeridade do sucesso e do amor, com destaque para a interpretação emotiva de Glenn Frey.
Life In The Fast Lane é um rock vigoroso que destaca a virtuosidade dos guitarristas e a pulsante seção rítmica. A letra, escrita por Henley, Frey e Walsh, aborda o estilo de vida frenético e autodestrutivo, complementando a energia intensa da canção. “He was a hard-headed man, he was brutally handsome, And she was terminally pretty, She held him up and he held her for ransom, In the heart of the cold, cold city, He had a nasty reputation as a cruel dude, They said he was ruthless, they said he was crude, They had one thing in common, they were good in bed, She’d say: Faster, faster, the lights are turnin’ red, Life in the fast lane, surely make you lose your mind, Life in the fast lane, huh, Are you with me so far?”.
Wasted Time é outra balada emocional que destaca a diversidade do álbum. Os vocais de Henley transmitem uma profunda melancolia, enquanto a orquestração cuidadosa complementa a introspecção lírica sobre o tempo perdido e as escolhas mal feitas.
Wasted Time (Reprise) é uma breve versão instrumental da faixa anterior que serve como uma transição elegante para a segunda metade do álbum.
Victim Of Love é uma explosão de energia com uma pegada mais pesada. A guitarra de Joe Walsh brilha, e a letra, escrita principalmente por Henley, descreve um relacionamento tumultuado. Destaca-se pela intensidade musical e pela entrega vocal. “Victim of love I see a broken heart, You got your stories to tell, Victim of love it’s such an easy part, And you know how to play it so well.”
Pretty Maids All In A Row é uma balada suave e emocional, liderada pelos teclados. A voz de Joe Walsh traz uma dimensão única à música, enquanto a letra contemplativa aborda temas de amor e solidão.
Try And Love Again é uma canção mais otimista e melódica, com a voz de Randy Meisner. A composição é equilibrada, destacando-se pela instrumentação refinada e harmonias vocais ricas.
The Last Resort encerra o álbum de forma grandiosa. A canção explora temas ambientais e reflexões sobre a colonização da Califórnia. A complexidade musical, incluindo a incorporação de sintetizadores, reflete a ambição artística da banda.
Hotel California é uma obra-prima que transcende as décadas. A mistura de estilos, a excelência instrumental e as letras poéticas contribuíram para a longevidade e influência duradoura deste álbum clássico do rock’n’roll. Do bom e velho rock’n’roll.
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