Pular para o conteúdo

HojePR

Nazareth: o hard rock escocês

03/04/2024

O Hard Rock escocês é muito bem representado pelo Nazareth. Uma das bandas mais icônicas do país das Highlands. Seu sexto álbum, Hair Of The Dog, lançado em 3 de abril de 1975 (aniversariante do dia!) é uma verdadeira aula do hard rock setentista. Manny Charlton, o guitarrista da banda, assumiu a produção, antes comandada por Roger Glover (Deep Purple), fez um trabalho honroso e de uma qualidade absurda para a época. Completam a banda o baixista Pete Agnew, o baterista Darrel Sweet e o incomparável vocalista Dan McCafferty, dono de uma voz rouca de característica única.

 

 

O álbum começa com a faixa-título, Hair Of The Dog, uma poderosa entrada que hipnotiza imediatamente os ouvintes com seu riff de guitarra distinto e inesquecível. A produção é robusta, destacando a voz marcante de Dan McCafferty e a habilidade dos músicos. As letras enigmáticas e o refrão pegajoso adicionam uma dimensão adicional à faixa, que se tornou um dos maiores sucessos da banda. “Heartbreaker, soulshaker! I’ve been told about you, Steamroller, Midnight Shoulder, What they’ve been sayin must be true, Red Hot Mama, Velvet Charmer, ‘Times come to pay your dues, Now you’re messin’ with, A son of bitch, (Now You’re messin’ with a son of bitch).”

 

 

Miss Misery mantém o ímpeto estabelecido pela faixa de abertura, com um ritmo pesado e uma combinação envolvente de guitarra e teclado. As letras falam sobre desilusão e desespero, enquanto a entrega vocal de McCafferty transmite uma sensação de urgência e emoção.

 

Guilty diminui um pouco o ritmo, mas não a intensidade. Com uma vibe mais sombria, a faixa destaca as habilidades instrumentais da banda, com solos de guitarra vibrantes e uma seção rítmica sólida. As letras exploram temas de arrependimento e redenção, complementando a atmosfera melancólica da música.

 

 

Changin’ Times traz uma mudança de ritmo com seu groove-funk-rock. A faixa demonstra a versatilidade da banda, incorporando elementos de soul e R&B em sua sonoridade característica. As letras reflexivas abordam a passagem do tempo e as mudanças na sociedade, adicionando profundidade ao álbum.

 

Beggars Day mantém a energia alta, com um riff de guitarra poderoso e uma batida cativante. A produção é nítida e polida, destacando a interação habilidosa entre os instrumentos. As letras capturam a essência do rock ‘n’ roll, celebrando a vida na estrada e os altos e baixos da vida de um músico.

 

Rose In The Heather oferece uma pausa no peso do álbum, com uma balada instrumental suave e melancólica. Evoca uma sensação de nostalgia e melancolia.

 

Em Whiskey Drinkin’ Woman a energia retorna com força total, impulsionada por um ritmo alucinante e um riff de guitarra viciante. As letras retratam uma figura feminina enigmática e sedutora, enquanto a música exala uma aura de indulgência e rebelião.

 

 

Please Don’t Judas Me é uma jornada emocional que começa suavemente e gradualmente se intensifica em um clímax arrebatador. As letras introspectivas e o arranjo musical expansivo destacam a maturidade e a profundidade da banda.

 

Love Hurts é uma balada atemporal que captura a essência da dor e da complexidade do amor. A canção se destaca como uma das interpretações mais icônicas da composição de Boudleaux Bryant, anteriormente interpretada pela dupla The Everly Brothers. A interpretação de Dan McCafferty, com sua voz rouca e cheia de emoção, dá uma nova camada de profundidade à música, transmitindo uma sensação palpável de angústia e vulnerabilidade. Os arranjos suaves e melódicos, marcados por acordes de guitarra delicados e tocantes, complementam perfeitamente a natureza emotiva da letra. “Love hurts, love scars, love wounds, And marks any heart, Not tough or strong enough, To take a lot of pain, take a lot of pain, Love is like a cloud, Holds a lot of rain, Love hurts, oh, love hurts.”

 

 

Hair Of The Dog é um álbum emblemático que solidificou o lugar do Nazareth no cenário do rock. Com sua produção sólida, letras envolventes e músicas poderosas, o álbum continua a ser uma obra-prima do rock clássico. Do eterno rock’n’roll. Do bom e velho rock’n’roll.

 

Leia outras colunas do Marcus Vidal aqui.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *