Apresentando o seu quinto álbum, Cowboys From Hell, em 24 de julho de 1990, o Pantera largou o seu passado Glam Metal e adicionou peso, muito peso nas suas obras. Um dos maiores exemplos de Groove Metal, o álbum apresentava Phil Anselmo nos vocais, Dimebag Darrel nas guitarras, seu irmão Vinnie Paul na bateria e o baixista Rex Brown. Com a produção de Terry Date, lançaram um dos álbuns mais pesados da década de 1990. Vendeu mais de 2 milhões de cópias. Um verdadeiro sucesso, se tratando de um álbum pesado.
Cowboys From Hell, faixa-título, abre o álbum com um riff icônico e poderoso de Dimebag Darrell. A agressividade da guitarra, a voz feroz de Phil Anselmo e a energia explosiva da banda fazem desta faixa um hino do metal. “Here we come, reach for your gun, And you better listen well, my friend, you see, It’s been slow down below, Aimed at you, we’re the cowboys from hell, Deed is done again, we’ve won, Ain’t talking no tall tales, friend, Because high noon, your doom, Coming for you, we’re the cowboys from hell.”
Primal Concrete Sledge é curta e brutal, destacando a destreza técnica da banda. O trabalho de bateria de Vinnie Paul é particularmente impressionante, com ritmos rápidos e precisos que impulsionam a canção para cima.
Psycho Holiday combina riffs pesados com uma estrutura de canção acessível. A letra aborda temas de hedonismo e escapismo, enquanto a performance instrumental mantém a energia alta e constante.
Heresy é uma faixa rápida e agressiva, com uma crítica social incisiva na letra. O riff inicial é memorável, e a intensidade não diminui ao longo da canção. A combinação de velocidade e peso demonstra a habilidade da banda em criar músicas que são ao mesmo tempo complexas e poderosas.
Uma das faixas mais conhecidas do álbum, Cemetery Gates é uma balada épica que mostra a versatilidade da banda. A canção alterna entre seções suaves e melódicas e explosões de intensidade. A performance vocal de Anselmo é arrasadora, e o solo de guitarra de Dimebag Darrell é um dos destaques do álbum. “The way we were The chance to save my soul, And my concern is now in vain, Believe the word, I will unlock my door, And pass the cemetery gates.”
Domination é uma das faixas mais pesadas e agressivas do álbum. O riff inicial é brutal, e a seção instrumental no meio da canção é intensa. É um exemplo perfeito do som que a banda ajudou a popularizar, com ênfase em riffs pesados e grooves poderosos.
Com uma pegada mais rápida e técnica, Shattered mostra a habilidade da banda em tocar em tempos rápidos sem perder a precisão. A letra aborda temas de alienação e frustração, e a performance instrumental é impressionante.
Clash With Reality começa com um riff poderoso e mantém a intensidade ao longo da canção. A combinação de riffs pesados, grooves intensos e letra desafiadora fazem desta uma faixa espetacular. “Clash with reality, It rears it’s ugly head, Clash with reality, The indescribable, Let the dogs lie, Where we sleep, Irrelevant theme.”
Com uma introdução sombria e atmosférica, Medicine Man rapidamente se transforma em uma música pesada e agressiva. A letra explora temas de controle e manipulação, e a performance instrumental é carregada de intensidade.
Message In Blood é uma faixa rápida e brutal, com um riff inicial que é ao mesmo tempo melódico e pesado. A canção é direta e agressiva, com uma performance vocal feroz de Anselmo e um trabalho de guitarra impressionante de Dimebag Darrell.
The Sleep começa com uma introdução melódica que contrasta com o peso das seções posteriores. Alterna entre passagens suaves e intensas, mostrando a habilidade da banda em criar dinâmicas complexas dentro de uma faixa.
A faixa de encerramento é um tour de force de habilidade técnica e intensidade. The Art Of Shredding é um exemplo perfeito do estilo de guitarra de Dimebag Darrell, com riffs rápidos e solos virtuosos.
Cowboys From Hell é um álbum que redefiniu o metal para uma nova geração. A combinação de riffs pesados, grooves intensos e uma performance vocal poderosa tornou o Pantera uma das bandas mais influentes do heavi metal. Do rock’n’roll. Do bom e velho rock’n’roll.
Leia outras colunas do Marcus Vidal aqui.
