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28/04/2024



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Sepultura: o Brasil tem Heavy Metal

 Sepultura: o Brasil tem Heavy Metal

Com a recente notícia de que o Sepultura, banda brasileira de heavy metal, vai encerrar as suas atividades depois de quarenta anos de bons serviços prestados ao rok pesado, esta coluna tem o dever de homenageá-la. Um dos álbuns que considero mais pesados e viscerais da banda é Chaos A. D., quinto da sua excelente discografia. Lançado em setembro de 1993, completou trinta anos. Com a sua clássica formação com Max Cavalera (guitarra e vocal), Igor Cavalera (bateria), Andreas Kisser (guitarra) e Paulo Xisto Jr. (baixo), a banda marcou a cena mundial do heavy metal e passou a ser muito respeitada.

 

 

Refuse/Resist abre o álbum com uma explosão de energia. Esta faixa confronta questões de resistência, opressão e a busca por liberdade. A intensidade das guitarras e a ferocidade vocal de Max Cavalera estabelecem o tom do álbum.

 

 

Territory é uma das músicas mais emblemáticas da banda. Aborda temas de conflito territorial, nacionalismo e a luta por identidade. A força instrumental e a entrega vocal são marcantes, transmitindo uma sensação de confronto e poder. “Unknown man, Speaks to the world, Sucking your trust, A trap in every word, War for territory, War for territory.”

 

 

Slave New World tem uma batida pesada e riffs intensos. A faixa fala sobre a sensação de estar preso em um mundo controlado e manipulado. A letra carregada de crítica social é complementada por uma intensa performance musical.

 

 

Amen é uma canção que mergulha nas distorções sociais e religiosas, destacando a hipocrisia e a manipulação presentes em instituições poderosas. A ferocidade das guitarras e a cadência vocal contribuem para a atmosfera raivosa da faixa.

 

Kaiowas é uma pausa reflexiva na agressividade do álbum, É uma música instrumental que transmite um sentimento de calma e introspecção, com influências da cultura indígena brasileira.

 

Propaganda acelera o ritmo novamente, abordando a manipulação da mídia e o controle da informação. A intensidade musical e a entrega vocal agressiva refletem a indignação da letra.

 

Biotech Is Godzilla é uma crítica contundente aos avanços biotecnológicos e suas implicações negativas na sociedade. A música é uma explosão de fúria, tanto em termos musicais quanto líricos. A bateria de Igor se destaca com pegada e velocidade. “Rio summit, ’92, Street people kidnapped, Hid from view, To save the Earth, Our rules met, Some had, Other secret plans, No, no, no, no!

 

Nomad apresenta uma abordagem mais melódica, Explora a temática da vida nômade e a busca por identidade em um mundo em constante mudança. A instrumentação diversificada acrescenta profundidade à música.

 

We Who Are Not As Others é uma canção que fala sobre aceitação e diferenças culturais, com uma abordagem musicalmente mais experimental e letras provocativas que desafiam normas e preconceitos. A guitarra de Andreas é o destaque.

 

Manifest traz uma mensagem de resistência e revolta contra as estruturas de poder opressivas, refletindo a determinação e a força de vontade.

 

The Hunt é um cover da banda pós-punk estadunidense New Model Army. A versão ficou pesadíssima e espetacular.

 

Clenched Fist é uma faixa com muita energia e “punch”. Arrasadora nas guitarras e uma bateria forte e cadenciada. Encerra o álbum com maestria.

 

Este álbum revolucionário que mistura letras politicamente carregadas com um som poderoso e inovador solidificou o Sepultura como uma força incontestável no mundo do metal. Sua capacidade de mesclar críticas sociais contundentes com um som brutal o torna um dos álbuns mais influentes da história do rock. Do bom e velho rock’n’roll.

 

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