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The Clash: a essência do punk rock

14/12/2022
clash

Lançado em 14 de dezembro de 1979, um dos maiores e melhores álbuns da história do rock é ‘London Calling’, da magistral banda The Clash. O sinônimo da revolta politizada da Inglaterra no final dos anos 1980. E que álbum! Uma pérola punk-ska-reggae-rockabilly-jazz-pop-soul.

Com produção do malucaço Guy Stevens, este álbum, originalmente vinil duplo, foi um marco para o rock. Mick Jones e Joe Strummer, nas guitarras e vocais, Paul Simonon, no baixo e nos vocais e Topper Headon na bateria, arrasaram toda a estrutura política e cultural da Grã-Bretanha. Ocupa a oitava posição dos 500 Melhores Álbuns de Todos os Tempos da revista Rolling Stone.

 

 

O disco 1 começa com a faixa título, London Calling, já mostrando o ceticismo da banda em relação a situação do mundo. Guitarras ritmadas e um baixo marcante. Os vocais de Strummer são sensacionais. E a bateria crua e marcial é maravilhosa. Uma das melhores canções que o mundo já escutou. “London calling to the faraway towns, now war is declared and battle come down.

 

 

Brand New Cadillac é um cover de Vince Taylor, cantor dos anos 1960. Transformada num rock poderoso cheio de solos de guitarra e uma linha de baixo sensacional.

Jimmy Jazz começa com uma guitarra despretensiosa, um assobio melódico e vira um jazz-rock formidável. Metais e guitarras solando. Maravilhoso.

Hateful é mais rápida e tem uma levada ska, grande influência da banda. Vocais raivosos e um backing vocal espetacular.

Rudie Can’t Fall chega com mais metais e vocais dobrados entre Strummer e Jones. Um ska-pop-reggae excelente.

Spanish Bombs abre o lado B do disco 1, com Strummer e Jones, mais uma vez, dobrando os vocais. A levada da guitarra é espetacular. A letra fala das bombas lançadas pelo governo Franco na Espanha. A melhor canção do álbum.

 

 

The Right Profile começa com vocais declamados, metais e um som meio jazz-soul-punk avassalador. As guitarras são diretas e solam pouco.

Lost In The Supermarket é uma das maiores influências das bandas brasileiras dos anos 1980. Um pop-punk extraordinário cantado por Jones. Sua guitarra é simples e vibrante. Uma canção memorável.

Clampdown é punk, influência para as bandas pós-punk. Têm teclados, vocais dobrados e uma guitarra básica e necessária. “In these days of evil presidentes. Working for the clampdown.

The Guns Of Brixton é um reggae-punk infernal. Guitarras estonteantes e vocais lentos e declamados por Simonon. O baixo manda na canção.

O disco 2 começa com Wrong ‘Em Boyo. É outro cover, agora da banda Rulers. Um ska-regaae muito divertido. Strummer se diverte cantando. Metais e teclados comandam o andamento da canção.

Death Or Glory é um pop-punk nervoso e cantado com muita raiva por Strummer. As viradas da bateria de Headon são fantásticas. “Death or glory becomes just another story.

Koka Kola é outro ska-punk rápido e rasteiro. Muita levada de guitarra e vocais ritmados. E com uma letra bem ácida. “Koke adds life where there isn’t any, so freeze, man, freeze.

The Card Cheat começa com piano e bateria triste. É uma balada (?) punk. É espetacular. Tem uma levada tipo “bandas de arena”. Muitos teclados, metais e vocais nervosos.

 

 

Lover’s Rock abre o lado B do disco 2 com um riff de guitarra sensacional. E os vocais pop-punk melódicos com backing vocals afinadíssimos. A bateria é reta e contagiante. E o solo de guitarra é memorável.

Four Horsemen tem uma bateria pesada e vocais crus. Mais piano e metais. E uma linha de baixo perfeita.

I’m Not Down é cantada por Jones. Um ska-punk com refrão grudento. Outra com uma linha de baixo sensacional.

Revolution Rock é mais um cover. É de Danny Ray and The Revolutionaries. Um reggae-punk com muita levada rock. É divertidíssimo.

O álbum encerra com Train In Vain, com uma levada pop-soul. É uma das melhores do álbum, com vocais de Jones e um riff de guitarra arrasador. A bateria é cadenciada e forte. E o baixo dá um show. Sensacional.

Um dos álbuns mais influentes de toda a música. Uma das bandas mais influentes de todos os tempos. Uma influência para o rock. Para o bom e velho rock’n’roll.

 

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