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18/04/2024



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The Cure: Dark? Não! Puro rock’n’roll anos 1980

 The Cure: Dark? Não! Puro rock’n’roll anos 1980

Nos anos 1980, a cena musical passava por alguns poucos momentos bons. As bandas eram descartáveis ou com apenas um sucesso (One Hit Band). Dava-se nomes estranhos a movimentos no rock. Títulos sem graça e sem nexo. Um deles era chamado de “Dark”. Bandas com cabelos espetados, roupas pretas, maquiagem borrada e som soturnos. Nessa onda surgiu, no final da década de 1970 o The Cure, inicialmente um trio, mas até hoje capitaneada por seu ilustre guitarrista e vocalista Robert Smith. Em agosto de 1985, lançaram seu sexto álbum, The Head on The Door, já como quinteto, e estouraram nas rádios da Inglaterra, seu país de origem, e em todo o planeta. É o álbum de maior sucesso da banda.

 

 

In Between Days abre o álbum com uma explosão de energia. Um hino pop viciante. Os riffs de guitarra marcantes, a batida animada e a voz inconfundível de Smith se combinam perfeitamente para criar um clássico instantâneo.

 

 

Kyoto Song promove uma mudança de atmosfera para uma faixa mais sombria e introspectiva. A melodia sinistra e a voz emotiva de Smith retratam um estado de melancolia profunda, enquanto a guitarra ecoante cria uma sensação de desolação.

 

The Blood tem um ritmo animado e contagiante. A letra misteriosa e obscura complementa perfeitamente os arranjos musicais, criando uma atmosfera hipnótica e cativante. “Tell me who doesn’t love. What can never come back. You can never forget how it used to feel. The illusion is deep. It’s as deep as the night. I can tell by your tears you remember it all”.

 

 

Six Different Ways é uma explosão de alegria e otimismo. Apresenta uma melodia contagiante e letras divertidas. Os sintetizadores dançantes e os vocais alegres fazem desta uma canção sensacional.

 

Push é uma balada emocionalmente carregada, onde Smith expressa suas emoções mais profundas. A voz angustiada e os arranjos instrumentais atmosféricos constroem uma tensão crescente, culminando em um refrão poderoso e arrebatador. “Exactly the same clean room. Exactly the same clean bed. But I’ve stayed away too long this time. And I’ve got too big to fit this time”.

 

 

The Baby Screams é uma combinação intrigante de pop e rock alternativo. Os riffs de guitarra viciantes, a batida enérgica e as letras desconcertantes criam uma faixa única e memorável.

 

Close To Me é um dos maiores sucessos da banda. A melodia espetacular, o ritmo pulsante e os versos engraçados e irônicos fazem desta uma das canções mais tocadas do álbum.

 

 

A Night Like This é a minha preferida. Uma balada romântica com uma atmosfera nostálgica. Os arranjos instrumentais suntuosos e a voz suave de Smith criam uma sensação de sonho, transportando o ouvinte para uma noite mágica. “I’m coming to find you if it takes me all night. A witch hunts for another girl. For always and ever is always for you. You’re just the most gorgeously stupid thing I ever cut in the world”.

 

 

Screw é uma faixa mais experimental, com elementos de pós-punk. Os vocais sussurrados e as guitarras distorcidas adicionam uma dose de intensidade e raiva. Sensacional.

 

Sinking encerra o álbum. Cria uma atmosfera hipnotizante e contemplativa. Os vocais melancólicos de Smith, combinados com a instrumentação minimalista, transmitem uma sensação de desespero e tristeza profunda. Característica das canções da banda era a linha tênue entre a alegria e a tristeza. Característica presente no rock’n’roll. No bom e velho rock’n’roll.

 

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