Definitivamente o rock progressivo não é o dos meus preferidos. Admiro a obra do Pink Floyd, Rush, entre outros. Mas não é o que mais me atrai. Reconheço que é um gênero que melhor expressa a qualidade dos músicos, mas para algumas pessoas, e isso me inclui, torna-se um pouco cansativo. Um dos ícones do progressivo é o Yes, banda inglesa formada em 1968, com uma discografia respeitável. Seu décimo-primeiro álbum, 90125 foi lançado em 11 de novembro de 1983, com produção de Trevor Horn e da própria banda. É uma obra importante na história do rock progressivo, pois marca uma mudança significativa no som da banda, incorporando elementos de pop e rock mais comerciais.
Owner of a Lonely Heart é a faixa de abertura do álbum e também o maior sucesso comercial da banda. Escrita por Trevor Rabin, Jon Anderson, Chris Squire e Trevor Horn, a música apresenta um riff de guitarra distinto e cativante, bem como um refrão poderoso. Os arranjos vocais de Jon Anderson são marcantes, e os sintetizadores adicionam uma camada moderna ao som da banda. A faixa exibe uma produção meticulosa e um ritmo energético.
Hold On é uma composição coletiva da banda, que nesse álbum era formada por Jon Anderson, Trevor Rabin, Chris Squire, Tony Kaye e Alan White. A canção começa com um ritmo pulsante e um solo de guitarra cativante. Os vocais de Jon Anderson estão em destaque aqui, transmitindo uma sensação de esperança e perseverança. Os arranjos de teclado de Tony Kaye e os ritmos dinâmicos da seção rítmica adicionam profundidade à música.
It Can Happen começa com uma introdução atmosférica e se desenvolve para uma seção rítmica pulsante. Os vocais de Anderson são expressivos e emotivos, enquanto os solos de guitarra de Rabin são virtuosos. Os arranjos meticulosos e a produção cuidadosa evidenciam a habilidade técnica da banda.
Changes é uma balada melódica escrita por Trevor Rabin e Jon Anderson. A canção apresenta uma harmonia vocal cativante e uma melodia suave. Os arranjos de teclado adicionam um toque suave à música, enquanto a guitarra de Rabin acrescenta um elemento de paixão. A faixa demonstra a capacidade da banda de criar composições sensíveis e emocionais.
Cinema é uma faixa instrumental composta por Trevor Rabin, que destaca sua habilidade como guitarrista. A música apresenta riffs de guitarra marcantes e solos virtuosos. Os arranjos e a produção são bem trabalhados, com destaque para a interação entre os teclados e a guitarra.
Leave It é uma música escrita por Trevor Rabin, Chris Squire e Trevor Horn. Com sua batida contagiante, a faixa tem um apelo pop evidente. Os vocais de Jon Anderson são acompanhados por harmonias vocais bem executadas. Os arranjos de teclado de Tony Kaye são notáveis, assim como a seção rítmica animada.
Our Song é uma música alegre e otimista, com uma melodia incrível e um refrão memorável. Os vocais de Jon Anderson transmitem uma sensação de união e alegria. Os arranjos de teclado e guitarra complementam-se, criando um som coeso.
City of Love é uma música escrita por Trevor Rabin e Jon Anderson. A faixa tem uma atmosfera exuberante, com uma combinação de elementos eletrônicos e orgânicos. Os arranjos de cordas adicionam uma dimensão adicional à música. Os vocais emotivos de Jon Anderson e os solos de guitarra de Rabin são destaques notáveis.
Hearts encerra o álbum com uma balada suave e melódica. Composta por Chris Squire e Trevor Rabin, a faixa apresenta vocais delicados e uma instrumentação simples. Os arranjos de teclado e guitarra são sutis e complementam-se harmoniosamente.
Apesar de ser comercial, 90125 é um álbum notável da banda Yes, marcando uma mudança em seu som e abraçando elementos mais acessíveis do pop e rock’n’roll. O bom e velho rock’n’roll.
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Corrigindo: Não é Steve Rabin como escrevi no comentário, mas sim Trevor Rabin. Sorry
Gosto muito de 90125. É um trabalho diferenciado do Yes, direcionado ao pop rock dos 80. Lembremos que as longas sessões de rock progressivo já não eram tão populares como no início. A faixa que abre o álbum é clássica e marcou minha infância, porém, Changes é ótima apresentando harmonia vocal entre Anderson e Steve Rabin. Rabin ao meu ver, trouxe “frescor” ao grupo. O rapaz é talentoso e ainda por cima, muito gatinho. Viva o Rock Progressivo!!!
Pra quem a música é apenas um mero entretenimento raso e despretensioso, o Rock progressivo sempre vai ser chato e cansativo, é normal, é preciso se levar um pouco mais a serio a música pra gostar de progressivo.
Steve Howe, assim como Rick Wakeman, era uma marca do Yes.sua guitarra era inconfundível.
A meu ver o YES fez seu último bom álbum em 1977.
O referido álbum “90125” , sem o genial Steve Howe na guitarra e com apelo excessivamente pop, marca a decadência musical da banda, uma vez que depois dele, quase nada de bom foi feito.
O progressivo dos 70’s foi o ápice técnico do gênero rock, o topo da evolução.