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Com Haddad e PT em guerra, Lula analisa volta parcial de tributos sobre combustíveis

27/02/2023
haddad

A proposta de uma reoneração parcial da gasolina está sendo analisada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na reunião desta segunda-feira (27), com ministros, para decidir sobre a manutenção ou não da isenção dos tributos federais (PIS e Cofins) a partir de 1º de março.

 

Essa alternativa é defendida por ministros palacianos na busca de um meio-termo na disputa entre o comando do PT e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em torno da desoneração da gasolina e do álcool, que acaba amanhã (28).

 

A expectativa de fontes credenciadas do Palácio do Planalto é que o desfecho seja na direção de uma reoneração parcial. Lula deve bater o martelo ainda hoje. Ele está reunido com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, além de Haddad e Rui Costa (Casa Civil).

 

Na semana passada, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e outras lideranças do partido defenderam publicamente a manutenção da reoneração, fazendo um confronto público e direto com o ministro Haddad, quando ele estava fora do País em viagem oficial à Índia para reunião de ministros do G-20.

 

Há preocupação entre os ministros com o lado fiscal e o impacto de uma nova derrota do ministro da Fazenda para a busca da credibilidade da política fiscal do governo Lula. Nesse quadro, defendem que alguma tributação deve voltar logo.

 

Os agentes econômicos estão atentos à decisão não só em razão do potencial de perda de arrecadação com a manutenção da isenção tributária, mas também da “fritura” de Haddad pelo PT.

 

Em manifestações públicas, o partido e líderes da legenda no Congresso fizeram coro contra a retomada da cobrança de impostos federais.

 

Essa não é a posição da equipe econômica, liderada por Haddad, que defende a reoneração. A decisão precisa ser tomada até amanhã, quando termina o prazo da isenção do PIS/Cofins para gasolina e álcool. A prorrogação desta isenção custaria R$ 28,8 bilhões aos cofres públicos. No fim do ano passado, Haddad brigou pelo seu fim, mas foi vencido pelo núcleo político – Lula prorrogou a medida por dois meses logo no primeiro dia de mandato.

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