A Comissão de Obras, Transportes e Comunicação da Assembleia Legislativa do Paraná negou a formação de uma nova Frente Parlamentar para tratar das questões do pedágio no Estado. No entanto, aprovou a criação de um Grupo de Trabalho específico para que as questões relativas aos novos contratos de concessão sejam acompanhadas diretamente pela Comissão.
O parecer do relator deputado Gugu Bueno (PSD) aos requerimentos apresentados pelos deputados Delegado Jacovós (PL) e Arilson Chiorato (PT), para a constituição de Frente Parlamentar para o acompanhamento dos novos contratos de concessão de pedágios, apontou “conflito de competências”, visto que a Comissão de Obras, Transportes e Comunicação tem prerrogativa regimental para tratar do tema.
Para o deputado Gugu Bueno (PSD), “há confronto e conflito entre a competência regimental da Comissão de Obras e a competência do objeto dos requerimentos que pediam a instalação das Frentes Parlamentares para discussão do pedágio. Portanto elas não devem ser instaladas e quem vai tratar especificamente deste tema dos pedágios na Assembleia Legislativa será um Grupo de Trabalho da Comissão de Obras nesta reta final da discussão em Brasília”.
“O momento agora é muito menos de discussão política e mais de discussões técnicas, porque o que está em discussão lá no Governo Federal é o melhor modelo de garantir as obras, seja através do aporte ou da caução. A previsão dos R$ 40 bilhões das obras é muito importante e necessária, só que mais importante que a previsão, é a garantia que estas obras aconteçam, que é justamente o que não teve no último contrato”, completou o presidente da Comissão, deputado Bueno.
O deputado Arilson Chiorato (PT) apresentou voto em separado, discordando do parecer por entender que “já esteve aprovada, na legislatura passada, a Frente Parlamentar dos Pedágios e o requerimento não fere a previsão regimental, visto outras Frentes Parlamentares já existirem na Casa sem ao menos terem passado pela avaliação da comissão de Obras como foi a Frente Parlamentar para Acompanhamento para Renegociação do Tratado de Itaipu”.
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