As mulheres empreendedoras de Curitiba e região não caminham sozinhas há cinco anos. Em outubro de 2019 iniciou a comunidade Curitiba Business. O grupo acolhe todos os tipos de empresárias e profissionais autônomas, que precisam de um network propício para se desenvolverem e compartilharem questões comuns da vida e de seus negócios. De acordo com o Sebrae, um dos principais obstáculos para o avanço das mulheres empreendedoras é a jornada tripla, com o registro de 17% menos horas dedicadas ao próprio negócio que os homens.
Após cinco anos de atividades, o Curitiba Business reúne hoje 450 empreendedoras ativas, com idade média de 30 a 60 anos e com 98% residente em Curitiba região metropolitana. Destas, 68% possuem CNPJ e ¼ da comunidade atua exclusivamente por meios digitais e online.
“Não somos um grupo, apesar do Curitiba Business ter nascido de uma iniciativa assim, despretensiosa. Somos um modelo de negócio, uma jornada empreendedora para as mulheres terem um aprendizagem nas áreas de finanças, marketing e vendas, desenvolvimento pessoal e negócios”, explica Luciana Stefanello, fundadora do grupo ao lado de Ana Paula Martynysyn.
A trilha ocorre por meio de capacitações presenciais e online, além de muito networking, onde as próprias participantes se ajudam mutuamente, em um espírito colaborativo. “Nossas ações são direcionadas à aceleração do ciclo de vida dos negócios, elevando-os a um patamar mais alto. Nossa grande inovação é nossa rede de apoio, que gera um networking qualificado, conexão e negócios entre as participantes”, conta Ana Paula, que reforça os valores do grupo – sororidade, empatia, respeito, conexão e parcerias que geram negócios. O projeto é parceiro do Vale do Pinhão, iniciativa de valorização do empreendedorismo em Curitiba, e fornece palestrantes para eventos e recebe as participantes do grupo.
Segundo dados do Sebrae, o Brasil é o sétimo país com o maior número de empreendedoras. 46% dos empreendedores são mulheres e 49% das empreendedoras mulheres são chefes de família e 82% delas começam seus negócios por necessidade. 40% das empreendedoras iniciais pretendem abrir de 1 a 5 vagas de emprego, sendo que 50% dos negócios femininos estão no setor de serviços e 28% estão no comércio.
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