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Comunidade judaica divulga Nota de Repúdio ao deputado Renato Freitas

28/11/2024
renato

Um comentário do deputado estadual Renato Freitas (PT) no Instagram do jornal Folha de S.Paulo causou indignação da comunidade judaica do Paraná. Em relação a matéria “25% dos judeus foram alvo de discriminação no trabalho, diz pesquisa”, publicada no dia 27/11/2024, o deputado petista postou uma mensagem dizendo que os judeus estão “sempre muito bem financeiramente”, esteriotipando-os como “privilegiados economicamente”.

O deputado retirou pouco tempo depois o comentário. A Federação Israelita do Paraná (FEIP), no entanto, já havia tomado conhecimento. Segue a nota de repúdio na íntegra:

“A comunidade judaica do Paraná recebeu com surpresa e indignação a postagem de cunho antissemita publicada nas redes sociais do Deputado Estadual Renato Freitas. Sob o pretexto de defender a causa palestina, o referido parlamentar se utiliza do nefasto e perigoso estereótipo do “judeu rico” ou “privilegiado economicamente” para justificar suas ideias. Nas suas palavras, “esse pessoal tá (sic) sempre muito bem financeiramente e muito seguro dentro de suas bolhas condominiais”. Isso faria do povo judeu “indiferente ao genocídio palestino”, pois seriam “quase intocáveis.”

É estarrecedor que um representante do povo em tão importante casa legislativa carregue consigo tamanho preconceito e visão deturpada da realidade. O chamado “argumento econômico” motivou várias barbáries contra o povo judeu ao longo da História e foi fortemente utilizado pelos nazistas durante o Holocausto, que culminou na morte de 6 milhões de judeus.

A imunidade parlamentar não é absoluta e é dever de cada agente público manifestar-se com responsabilidade. Suas palavras, principalmente quando pronunciadas nas redes sociais, reverberam não apenas perante seus simpatizantes, mas indistintamente. É lamentável que, em um momento politicamente conturbado, de incertezas e insegurança do povo judeu, existam comentários como o realizado pelo referido parlamentar, que em nada contribui para um debate verdadeiramente sadio sobre o conflito instalado no Oriente Médio”.

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