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SAÚDE

Cresce interesse por cirurgias de laqueadura no Brasil

01/11/2024

A busca por laqueadura – esterilização voluntária das mulheres – cresceu mais de 80% no país entre 2022 e 2023. Dados do Ministério da Saúde mostram que o salto na procura pelo procedimento se intensificou após a flexibilização da legislação, que estabelece regras para a cirurgia.

Hoje, a laqueadura pode ser solicitada por mulheres com idade mínima de 21 anos com capacidade civil plena, independentemente da quantidade de filhos vivos. A orientação, no entanto, é que antes da cirurgia, essas mulheres passem por:

• Avaliação da saúde: a paciente precisa ser avaliada clinicamente para garantir que não existem contraindicações ao procedimento;

• Aconselhamento: a mulher deve ser informada sobre a natureza irreversível da laqueadura e ter espaço seguro para esclarecer dúvidas.

Embora não seja mais necessário o consentimento expresso de ambos os cônjuges para a realização da cirurgia, há um prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação de vontade e o procedimento.

Para Lilian Lang, ginecologista e obstetra cooperada da Unimed Curitiba, este tempo é parte importante do planejamento familiar para que a mulher tenha segurança ao definir o seu futuro reprodutivo.

“A gente sabe que novos casamentos, perda de filhos, tudo isso tem uma influência nas decisões da paciente. Quando essa decisão é tomada durante a gestação existe também a influência hormonal. Esses 60 dias, portanto, são o tempo para que a mulher sedimente esta vontade e reflita se é realmente isso que ela quer”, aponta.

Muitas mulheres desconhecem a exigência deste prazo e a necessidade de manifestar o desejo pela cirurgia com antecedência.

“A grande maioria das gestantes, por exemplo, são atendidas por um médico no pré-natal e manifestam esse desejo logo nos primeiros meses de gravidez. Mas quando chegam ao hospital em trabalho de parto são atendidas por um plantonista que não a conhece e que não sabe desse histórico. Assim, o procedimento deixa de ser realizado por não haver base legal”, diz.

Por isso, a médica defende o registro dessa manifestação. “Já que é da sua vontade, vá ao cartório e faça um documento dizendo que você não deseja mais ter filhos e que optou pela esterilização.”

Reversão e outros métodos
A médica lembra que a taxa de sucesso na reversão da cirurgia é baixa e depende de uma série de condições como a preservação da trompa. “Tenho que pensar que se eu não me adaptei à pílula, por exemplo, posso parar de tomar. Mesma coisa com a injeção e o DIU. Porém a laqueadura é um método permanente”, atenta.

Por isso, é importante lembrar que existem outras alternativas contraceptivas, como:

• Anticoncepcional injetável mensal;
• Anticoncepcional injetável trimestral;
• Minipílula;
• Pílula combinada;
• Diafragma;
• Pílula anticoncepcional de emergência (ou pílula do dia seguinte);
• Preservativo feminino;
• Preservativo masculino;
• Anel vaginal;
• Adesivo;
• Implantes (Implanon);
• DIUs hormonais (Mirena e Kyleena) e
• DIUs não hormonais

Sobre a Unimed Curitiba

Unimed Curitiba atualmente é considerada a maior operadora de planos de saúde do Paraná, além de estar entre as maiores do Sistema Unimed. Atualmente conta com mais de 5 mil médicos cooperados de diferentes especialidades, que atendem mais de 640 mil clientes em Curitiba e municípios da região metropolitana. Possui a maior rede credenciada do estado com 377 prestadores, sendo mais de 240 clínicas e 50 hospitais – sendo um deles próprio, Hospital e Maternidade Nossa Senhora de Fátima. Além disso, também conta com 80 unidades laboratoriais, sendo 21 próprias, da Unimed Laboratório.

Saiba mais em www.unimedcuritiba.com.br ou acesse as redes da cooperativa no Facebook, Instagram e LinkedIn.

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