A crise dos auditores fiscais com o governo federal já afeta o setor produtivo e deve piorar nos próximos dias. O segmento tem pedido a regulamentação de acordo salarial e critica os cortes orçamentários previstos na Secretaria Especial da Receita Federal, que prejudica o trabalho da categoria. No Paraná, o pior quadro é em Foz do Iguaçu, onde, na semana passada, 11 auditores pediram exoneração de suas funções, somando-se a outros 10 do mês passado.
Essa atitude já afeta a liberação de caminhões na fronteira, onde se formam filas, prejudicando o escoamento de produtos brasileiros. E, pelo visto, o movimento deve dar mais uma demonstração no Porto de Paranaguá e no despacho de mercadoria no aeroporto Afonso Pena. Em fevereiro, a turma do G7 já tinha se manifestado pedindo uma atitude do governo federal. Mas, ao que tudo indica, o governo vai empurrar com a barriga e só se mexer quando o caldo engrossar.
Nas últimas ações do Sindifisco, que representa a categoria, as mobilizações buscaram mostrar as insatisfações sem prejudicar a rotina alfandegária, mas os auditores estão cansados da enrolação da turma do presidente Jair Bolsonaro e o clima cada vez fica mais tenso.
