Crítico do fundo eleitoral, o ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos) pediu à direção de seu partido fatia dos recursos públicos para bancar sua campanha à deputado federal. Dallagnol defende que “não usar o fundo é como ir para a guerra sem armas contra a velha política, que usa não só o fundo, mas dinheiro da corrupção nas suas campanhas”.
“Se os bons não usarem, os ruins usarão e terão mais dinheiro para se eleger, e várias pesquisas já documentaram que existe forte correlação entre recursos investidos em campanha e número de votos”, justificou.
Ao todo, o partido recebeu do TSE R$ 212,6 milhões referentes ao fundo eleitoral.
O ex-procurador faz parte do projeto “200+”, que, entre outros pontos, defende a extinção ou a redução do valor do fundão. Este ano, todos os partidos juntos tiveram direito a R$ 4,9 bilhões, quase o triplo do R$ 1,7 bilhão de 2018.
Quando o Congresso Nacional aprovou o aumento do fundo, em votação realizada em dezembro de 2021, Dallagnol fez questão de ir às redes sociais criticar a decisão dos parlamentares.