A Prefeitura de Curitiba e a Roche lançaram, nesta terça-feira (12), o Projeto Jornada Digital do Câncer de Mama em Curitiba, realizado a partir de um termo de cooperação técnica entre as duas instituições. O lançamento foi feito em cerimônia no Palácio 29 de Março, com a presença do prefeito em exercício Eduardo Pimentel; da secretária municipal da Saúde de Curitiba, Beatriz Battistella; e da diretora Associada Jurídico e Compliance e Encarregada de Proteção de Dados da Roche, Fabiana Farah.
A proposta é desenvolver uma plataforma que irá facilitar a troca de dados entre os sistemas de saúde do SUS, para aprimorar a gestão integrada do atendimento da paciente com câncer de mama, que é a primeira causa de morte pela doença em mulheres no Brasil.
Os potenciais resultados positivos desse piloto serão um bem público, que poderão ser replicados nacionalmente, bem como servir de exemplo para outros países.
“Com parcerias como essa, do poder público com a iniciativa privada ou terceiro setor, quem ganha é a sociedade”, afirmou Eduardo Pimentel, durante a cerimônia.
“Estamos confiantes que este projeto gerará valor em curto prazo às pacientes de câncer de mama de Curitiba, além de um importante legado na jornada de digitalização da saúde brasileira”, afirmou Fabiana Farah.
O projeto começará de forma piloto no distrito sanitário do Cajuru e depois poderá ser ampliado para todo o município. Visando contribuir com a estratégia de digitalização da saúde nacional, a Prefeitura de Curitiba e a Roche têm a intenção de escalonar esta experiência para conhecimento e escrutínio do Ministério da Saúde, Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), para que possa ser utilizado como fonte para outras ações voltadas à digitalização da saúde no Brasil.
Fragmentação dos sistemas
Os sistemas informatizados dos diversos níveis de atenção à saúde dos mais de 5 mil municípios brasileiros estão fragmentados, o que torna complexa a interoperalidade dos dados sobre a linha de cuidado dos pacientes. Tal realidade dificulta o envio e gerenciamento de informações.
O projeto-piloto deverá apresentar uma solução para trocar dados de modo inteligente entre sistemas de saúde, promovendo a interoperabilidade de dados na linha de cuidado dos pacientes de câncer de mama. A interoperabilidade poderá melhorar a eficiência operacional e reduzir custos, sem perder de vista uma prestação de cuidados de saúde eficaz.
“O uso de padrões facilita a comparação de resultados entre diferentes instituições de saúde e localidades e pode trazer oportunidades de melhorias, desde o diagnóstico até o tratamento”, explica a secretária municipal da Saúde de Curitiba, Beatriz Battistella.
Saúde 4.1
Curitiba foi escolhida pela Roche para o desenvolvimento do projeto por ser exemplo mundial de cidade inteligente e inovadora, que investe em soluções tecnológicas que facilitam o acesso da população a serviços públicos.
A frente de seu tempo, Curitiba criou o conceito de Saúde 4.1, que indica a necessidade de incorporar tecnologias às práticas dos profissionais de saúde, promovendo humanização, acessibilidade, agilidade, segurança e qualidade, contribuindo para a saúde da população.
“A proposta da Jornada Digital de Câncer de Mama em Curitiba está alinhada aos propósitos do modelo de Saúde 4.1 da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba e aos princípios de universalidade, equidade e integralidade preconizados pelo SUS, bem como atende aos princípios recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), sobre o uso da inteligência artificial na saúde”, explica Beatriz.
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