O release da equipe da vereadora Carol Dartora (PT) faz questão de ressaltar uma evidência histórica que, pela primeira vez na história do Paraná, uma mulher negra vai representar o estado no Congresso Nacional. A sua eleição já tinha sido cantada nesta coluna, antes mesmos do lançamento das candidaturas. Ma o resultado surpreendeu pela boa adesão ao seu nome, ela obteve mais de 130 mil votos, com forte base na Região Metropolitana , mas também pulverizada pelo Estado.
Dartora reverberou nesta eleição a voz dos excluídos, ou melhor das excluídas. A mulher, a negra, a professora e a evangélica viam nela uma representante e neste guarda-chuva coube também a pauta identitária. Como ela mesma diz: ” Essa vitória demonstra a indignação de milhares de paranaenses que não se sentem representadas e representados nos espaços de poder. Agora, a nossa luta continua para levar a todo o nosso estado e ao Brasil uma nova cultura política, construir um novo amanhã, porque o Paraná também é nosso”.
A eleição dela pode trazer à Educação , uma voz representativa. Carol Dartora é professora e vinculada aos movimentos sindicais da Educação. Um dos objetivos dela é fortalecer e lutar para proteger a educação pública. E dentro dessa pauta, ela inclui vínculos com a população LGBTQIA+, meio ambiente, juventude e demais grupos historicamente invisibilizados serão prioridades. “Vamos fazer um mandato popular para promover inclusão e combater as desigualdades e todas as formas de preconceito e discriminação”, comentou.
Trajetória
Carol Dartora é professora de História e vereadora de Curitiba. Em 2020, tornou-se a primeira mulher negra eleita na história da capital paranaense, tendo recebido 8.874 votos, a terceira candidata mais votada da cidade naquele pleito.
É militante da Marcha Mundial das Mulheres e do Movimento Negro Unificado e foi secretária estadual da Mulher Trabalhadora e dos Direitos LGBTQIA+ do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato).
Nasceu e foi criada em Curitiba. É graduada em História pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), especialista em Filosofia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), mestra em Educação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e doutoranda em Tecnologia e Sociedade pela Universidade Tecnológica Federal da Paraná (UTFPR).
Mesmo sendo oposição e minoria política no legislativo municipal, aprovou leis de grande impacto social, como a Lei 15.931/21, que estabelece cotas para população negra e povos indígenas nos concursos públicos municipais, e a Lei 15.973/22, que garante prioridade no atendimento de mulheres em situação de violência.
Para mais noticias acesse HojePR.com