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HojePR

Decisão do STF antecipa briga pela presidência da Assembleia

01/03/2022

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que manteve o deputado Ademar Traiano (PSDB) como presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), acendeu a luz para uma disputa que vai acontecer em janeiro de 2023: a disputa pela presidência da Alep.

 

Ao acatar parcialmente duas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADI), o STF também decidiu que é permitida apenas uma reeleição ou recondução para o mesmo cargo na Mesa Diretiva da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Com isto, tira do páreo a possibilidade de Ademar Traiano buscar nova reeleição em 2023. E abre a possibilidade de uma disputa de novos líderes da casa.

 

A presidência é almejada pelos deputados Luiz Claudio Romanelli (PSB), Alexandre Curi (PSB) e um representante da família Francischini, que pode ser a vereadora Flávia Francischini, que concorrerá a deputada estadual pelo União Brasil. Ou pode ser o próprio Fernando Francischini, que tenta reverter seu quadro político no STF. Essas forças brigam por um espaço de destaque.

 

Romanelli, que hoje é 1º secretário da Casa e um dos homens fortes da Alep, ampliaria seu poder, tornando-se protagonista da condução política. Hoje, dono dos cargos e nomeações na Assembleia, trabalha mais nos bastidores. Mas montou uma equipe que tem fortalecido sua imagem junto aos meios de comunicação e na sociedade.

 

Outro concorrente é Alexandre Curi. Herdeiro do maior líder político paranaense, o deputado Aníbal Khury, Alexandre é considerado um líder de governo informal. Tem pleno acesso aos secretários e ao gabinete do governador Ratinho Junior. E se tornou a porta de entrada dos pleitos do setor produtivo, movimentos sociais e interesses corporativos, como o do Judiciário e entidades de classes.

 

Para muitos, a próxima legislatura seria a oportunidade perfeita para Curi buscar seu lugar no holofote, ganhando o destaque que muitos consideravam como natural: a presidência da Casa.

 

A família Francischini, tal qual a família Barros, é pragmática e tem sua estratégia para chegar ao poder. De um modo geral, sabem fazer acordos, criar parcerias e se colocar no lugar correto quando há uma disputa. Ainda há uma aposta dos Francischini de reverter a decisão do TSE no STF. Mas se caso isso não aconteça, vão eleger a vereadora Flavia e buscar um espaço na mesa. Com delegado Fernando, a possibilidade de disputar a mesa é algo concreto, com Flavia, um espaço na mesa é suficiente.

 

O jeito é esperar para ver o que o cenário político desenha.

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