A candidata Cristina Graeml voltou a demonstrar dificuldade com conhecimentos básicos da gestão financeira de Curitiba na noite desta sexta-feira (26), durante em debate válido pela disputa à prefeitura. Em dois momentos, ela não soube responder indagações de Eduardo Pimentel acerca de questões orçamentárias.
O primeiro episódio ocorreu no 2º bloco do debate, quando os dois adversários debatiam temas ligados à saúde pública. Em dado momento, Pimentel cobrou de Cristina mais detalhes sobre as suas propostas para o segmento e quanto elas custariam.
Devido às saídas dela para não se aprofundar, o vice-prefeito perguntou à adversária se ela sabia qual era o percentual orçamentário destinado à saúde. Cristina tentou se esquivar citando outros temas e, quando pressionada, voltou a alegar que não teria como conhecer o orçamento por não fazer parte da atual administração pública, ignorando o fato de que o orçamento é público e as bases do próximo ano já foram aprovadas em junho na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).
Após uma série de réplicas e tréplicas entre os dois sem que Cristina apresentasse qualquer número – e com o fim do tempo do 2º bloco – Pimentel esclareceu, no início do 3º bloco do debate, que os investimentos em saúde ocupam aproximadamente 21% do orçamento municipal, acima do exigido pela Constituição.
Mais para o fim da disputa entre os dois, Cristina Graeml voltou a demonstrar dificuldade com questões ligadas às finanças de Curitiba. Pimentel perguntou a fonte para obras de infraestrutura. Novamente, Cristina tentar mudar de assunto, mas ele informou que a fonte em questão é o chamado Tesouro Municipal, identificado como fonte 00, que inclui as receitas de impostos, taxas, contribuições e transferências constitucionais, em especial o Fundo de Participação do Município (FPM).
As cenas ocorridas no estúdio da RPC já haviam ocorrido no debate da RICtv do último sábado (19). Naquela ocasião, quando o tema no foco das discussões entre os dois candidatos era a educação, Pimentel falava sobre o plano de construir 36 novos Centros Municipais de Educação Integrada (CMEIs), sendo 30 com financiamento do BNDES e 6 com recursos a fundo perdido do Estado.
Cristina, por sua vez, limitou-se a dizer que construiria “quantas creches o orçamento permitisse”. Por isso, Pimentel a perguntou sobre qual era o percentual orçamentário reservado para a área, e Cristina disse que não teria como responder por não ter acesso aos dados. De acordo com a legislação, 25% dos recursos são destinados à educação em Curitiba.
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