Curitiba sempre foi reconhecida, e até certo ponto temida, como uma cidade com instituições de posturas firmes e com posições bem definidas. Omissão jamais foi o forte por aqui. Justamente por isso, não pegou bem o silêncio de algumas entidades representativas, assim como a timidez de outras, diante do famigerado ataque do ministro Gilmar Mendes à capital paranaense.
Não se viu, por exemplo, um desagravo do G7 paranaense, grupo formado pelas principais entidades representativas do setor produtivo no Estado. Da mesma forma comportou-se a Associação Comercial do Paraná (ACP). Ambas preferiram o constrangedor silêncio da omissão e, ao se calarem, parecem concordar com a afronta do ministro que acusa Curitiba de germinar o fascismo.
De outras entidades, de semelhante catadura, esperava-se mais veemência na defesa de Curitiba. A OAB-PR e o Movimento Pró Paraná emitiram notas quase idênticas, apelando para o passado e confundindo alhos com bugalhos. Enquanto a OAB até cita o ministro e pede, timidamente, que ele se retrate, o Movimento peca em posicionamento e, sem dar nome aos bois, responde de forma encabulada ao ataque sem mencionar o agressor.
De outro lado, completamente distantes da realidade, alguns políticos da paleta de cores que ora comanda o país, usaram e abusaram de retóricas distorcidas e patéticas para defender o ministro. Independente se gostam ou não da Operação Lava Jato, se concordam ou discordam, taparam os olhos para a gravidade da agressão de Gilmar Mendes a Curitiba e a seu povo.
Curiosamente, aqueles que hoje defendem Gilmar Mendes são os mesmos que, num passado não muito distante, criticaram e achincalharam o ministro quando este emitiu sentenças favoráveis a um ex-governador.
Um desses políticos chegou a dizer que o episódio desta semana era apenas um “mal entendido”, “uma tempestade em copo d’água” produzida pela direita e que o ataque era à República de Curitiba, que deve ser, na ótica desse político, um lugar qualquer, diferente e distante da respeitada Curitiba.
A lamentável verdade é que nossas instituições, assim como parte dos políticos paranaenses, ao não defenderem Curitiba com a firmeza que a cidade merece, se acovardaram e se apequenaram a um ministro que, conforme as palavras do colega de Suprema Corte, Luís Roberto Barroso, é “uma pessoa horrível, uma mistura do mal com atraso e pitadas de psicopatia, uma desonra para o Tribunal e para todos nós”.
Diante disso, cabe a pergunta: Curitiba e seus empresários, comerciantes, advogados, enfim, sua gente, sentem-se representados por essas instituições e por esses políticos?
Desapontada c nossos representantes tanto no poder executivo,legislativo e judiciário.
Engolem fatos e posicionamentos dos supremos da corte sem manifestações contrárias.
É com tristeza q a população curitibana se vê
julgada e discriminada pela figuras máximas no campo jurídico de um país sem leis,onde rasgam a constituição e julgam de acordo c interesses financeiros e ideológicos.
Parabéns pelo texto!
O beiçola é um dos “supremos” mais odiados do stf. Só perde para o xerifão. Tomara que ele venha logo visitar Curitiba. Vamos dar-lhe alguns ovos cheirosos e “veementes”, como os discursos dele.