É incrível a velocidade na qual são liberados os grandes empreendimentos imobiliários no Litoral Norte de Santa Catarina. Condomínios clube, resorts, prédios e outras obras faraônicas não param de ser anunciadas.
É inegável o benefício econômico em cidades como Bombinhas, Piçarras, Porto Belo, Itapema, Itajaí e Balneário Camboriú. No entanto, a agilidade do poder público catarinense em fomentar e atrair a construção desses empreendimentos gigantescos é o que causa incômodo. A relação precisa ser isonômica e justa. Grandes e pequenos construtores deveriam merecer o mesmo tratamento. Nenhum benefício pode ser dado a um grande grupo econômico que não possa ser dado aos pequenos empresários de Santa Catarina.
Diferente disso, o que se tem visto em algumas prefeituras é uma estranha rapidez para atender grandes empreiteiros. Enquanto pequenas construtoras, assim como pequenos e médios empresários, esperam anos para receber alvarás, licenças ambientais e outras chancelas necessárias para empreender na região, grandes grupos econômicos conseguem os mesmos documentos em tempo recorde. Não é possível aceitar esse comportamento do poder público e dos órgãos reguladores.
É a velha política do “manda mais, quem pode mais”, ou o famigerado “aos meus amigos tudo, aos inimigos os rigores da lei”. Sim, pois quando pequenos empreendedores não recebem o mesmo tratamento dos grandes, são tomados como inimigos.
Todos que pagam impostos deveriam ter os mesmos direitos e benefícios de forma igualitária. É preciso parar com a concessão de privilégios e benefícios indiscriminados a empresas de alto poder aquisitivo que estão transformando o Litoral Norte de Santa Catarina no metro quadrado mais caro do Brasil. Basta!