Duas coisas têm chamado atenção na equipe de transição do PT: o retorno de nomes há muito esquecidos no cenário político e a ausência de companheiros que se empenharam pela vitória de Lula.
O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin passou a semana anunciando integrantes para a equipe de transição. Nesta quinta-feira (10), divulgou alguns nomes conhecidos na imprensa, alguns marcados por problemas com a Justiça.
O ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi chamado para a equipe de Planejamento, Orçamento e Gestão. Já o ex-ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, vai integrar o grupo de Comunicação da transição. Em 2016, os dois, que foram ministros dos governos de Lula e Dilma Rousseff, chegaram a ser presos, em fases diferentes da Operação Lava Jato.
Outro nome que andava sumido, e que foi escalado para a equipe petista, é o do ex-governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto. A indicação foi do MDB e Rigotto vai atuar no grupo de Indústria, Comércio, Serviços e Pequenas Empresas.
O MDB indicou, ainda, os senadores Renan Calheiros e Jader Barbalho. Nomes controversos da política brasileira, os dois podem aparecer no Conselho Político do gabinete de transição.
Por outro lado, alguns nomes foram “esquecidos” pela equipe coordenada por Alckmin. O ex-governador Roberto Requião é um deles. Derrotado na eleição ao governo do Paraná, Requião não foi lembrado, até o momento, para participar da transição. Amigo pessoal de Lula, o ex-governador era tido como presença certa na equipe do presidente eleito. Como a lei permite que sejam nomeados 50 integrantes, e até agora foram anunciados 40, pode ser que Requião ainda apareça na lista.