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ESG na justiça vira fundo de investimentos

21/07/2022

O não cumprimento das práticas de ESG, que estão ancoradas no Pacto Global e outras iniciativas da ONU, movimenta uma indústria de pedidos judiciais de indenização no mundo. Comunidades afetadas por problemas ambientais ou grupos sociais que se sentem prejudicados por modelos de negócio, por exemplo, estão entrando na Justiça para pedir reparação de danos. A conta é bilionária. Agora, a britânica Aristata Capital decidiu criar um fundo de investimentos para patrocinar ações focadas na questão da sustentabilidade e já alavancou a ideia com a captação de US$ 48 milhões. Entre os investidores está o bilionário George Soros. A informação é do site Capital Reset.

 

Retorno do investimento

De acordo com a notícia publicada no site, o fundo da Aristata recebe de volta um múltiplo do dinheiro que investiu ou então uma porcentagem da indenização em caso de vitória na Justiça. A gestora espera um retorno de 20% ao ano para os investidores. O Capital Reset lembra que no Brasil o STF (Supremo Tribunal Federal) reconheceu o Acordo de Paris, outra iniciativa da ONU, como um tratado de direitos humanos. O entendimento é de que a decisão abre espaço para questionamentos judiciais de práticas contrárias à sustentabilidade.

 

A guerra e seus horrores

A guerra da Rússia contra a Ucrânia continua provocando estragos no fornecimento de combustível para a geração de energia na Europa. A Alemanha anunciou a retomada das operações de térmicas a carvão. Segundo o primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz, a medida é temporária, mas necessária. O gás natural é a segunda fonte de energia da Alemanha e 40% do produto consumido no país era russo.

 

Gás no inverno

Há grande preocupação do bloco europeu de que o conflito se estenda até o inverno e que a falta de gás provoque um racionamento de energia. Mesmo com a reativação de usinas a carvão, Scholz prega que a Alemanha será o primeiro país industrializado a alcançar a meta de carbono zero. A transição já começou, mas o problema é que 47% da eletricidade gerada no País provêm de combustíveis fósseis.

 

Novo combustível da Embraer

A Embraer anunciou uma parceria com a Raízen, maior produtora global de etanol de cana-de-açúcar, para desenvolver uma cadeia de produção de Combustível de Aviação Sustentável (SAF, na sigla em inglês). Hoje, mais de um terço das emissões da Embraer são resultado da queima de querosene em ensaios e voos de produção. A companhia estima chegar em 2030 usando 100% de SAF no seu consumo de combustíveis.

 

Raízen quer o mundo

A Raízen, por sua vez, tem a intenção de abocanhar uma parcela do mercado global de combustíveis oriundos de fontes renováveis. A descarbonização do transporte e da logística é um dos focos da companhia, seja na aviação ou na navegação. As políticas de redução de emissões nos países desenvolvidos estimulam a companhia brasileira, que acredita que já há demanda para seus produtos na Europa, Ásia e Estados Unidos. A Raízen é resultado da parceria entre a brasileira Cosan e a multinacional Shell.

 

Reciclagem avançada

Em artigo distribuído para a imprensa, Fabiana Quiroga, diretora de Economia Circular da Braskem na América do Sul, enumera algumas ações da companhia para viabilizar a reciclagem avançada. O processo busca reutilizar resíduos plásticos considerados de difícil processamento. A empresa tem como meta a eliminação, até 2030, de 1,5 milhão de toneladas de plásticos que seriam enviados para incineração, aterros, ou depositados no meio ambiente e pretende ampliar a produção e comercialização de produtos com conteúdo reciclado para 1 milhão de toneladas até o final desta década.

 

Reciclagem avançada (II)

Para isso, a Braskem fará investimentos na construção da primeira fábrica de reciclagem avançada no Brasil, em parceria com a Valoren, empresa desenvolvedora de tecnologia e gestora de resíduos para transformação em produtos reciclados. Nos Estados Unidos, a companhia comprou uma fatia da Nexus Circular, que converte plásticos de difícil reciclabilidade. A Braskem é a maior produtora de resinas termoplásticas nas Américas e a maior produtora de polipropileno nos Estados Unidos.

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