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Está com suspeita de dengue? Saiba quais são os cuidados

01/04/2024
dengue

O aumento de casos de dengue em todo o país, inclusive com diversos estados e municípios decretando situação de emergência em saúde em função da doença, demanda atenção aos sinais e sintomas, o que é preciso fazer e quais são as ações não recomendadas se houver suspeita de dengue.

 

“A dengue é uma doença séria, que pode evoluir para a forma grave. É preciso estar atento aos sintomas e aos sinais de alarme para evitar o agravamento e mortes pela doença”, alerta a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella.

 

Uma das medidas mais simples e essenciais é evitar a automedicação. Sintomas como dor de cabeça, febre e dor pelo corpo podem indicar muitos problemas de saúde. No caso da dengue, medicamentos à base de ácido acetilsalicílico, o AAS, ou outros anti-inflamatórios, como ibuprofeno, diclofenaco, nimesulida, entre outros, são proibidos. Esses medicamentos podem agravar o quadro e inclusive podem ser determinantes na necessidade de internação e até levar ao óbito por dengue.

 

Aos primeiros sintomas, é importante buscar atendimento de saúde para fazer o diagnóstico diferencial. “Se você esteve em região com confirmação de casos de dengue, informe ao profissional de saúde. Esse pode ser um diferencial para o diagnóstico correto e para o acompanhamento do caso”, explica o diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba, Alcides de Oliveira.

 

Se os sintomas forem leves, a pessoa pode ligar para a Central Saúde Já – 3350-9000 para ter a orientação adequada para seu caso. Se for necessário, será indicado o atendimento presencial em Unidade de Saúde ou UPA.

 

A hidratação intensa é o principal tratamento para a dengue, mas é preciso atenção para o agravamento do quadro. “No quinto dia de sintomas, se houver algum sinal de alarme, como náuseas ou vômito, além da febre persistente e dor intensa de cabeça, é preciso buscar um serviço de saúde”, orienta o médico da SMS.

 

Sinais de alarme

A SMS orienta atenção plena a situações que indicam agravamento da dengue. Nas situações elencadas a seguir, o paciente deve procurar uma das nove UPAs de Curitiba:

 

  • Dor muito forte e contínua na barriga
  • Vômitos frequentes ou com sangue
  • Diminuição repentina da febre
  • Pressão arterial baixa
  • Tontura quando muda de posição (deita/senta/levanta)
  • Pulso fraco e/ou extremidades frias
  • Suor frio
  • Sensação de desmaio
  • Agitação e/ou irritabilidade
  • Sonolência e/ou confusão mental
  • Dificuldade para respirar
  • Sangramento no nariz, gengiva, nas fezes (melena), na urina e/ou aumento do fluxo menstrual
  • Diminuição do volume da urina
  • Pontos ou manchas vermelhas ou manchas roxas espontâneas na pele

 

O Painel da Dengue da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba, atualizado na quarta-feira (27/3), mostra que a capital paranaense registrou 384 novos casos de dengue. Destes, 52 são referentes a notificações da última semana. O restante refere-se a casos anteriores que ainda estavam em investigação.

 

No total, Curitiba contabiliza 1.552 casos de dengue em 2024 (até o dia 22/3), sendo 1.030 importados (contaminação aconteceu fora do município) e 522 autóctones (transmissão local).

 

Orientações

Em casos de suspeita de dengue, fique atento a essas orientações:

 

  • Não tomar AAS ou outros anti-inflamatórios (ibuprofeno, diclofenaco, nimesulida, etc.) pois são medicamentos contraindicados
  • O aleitamento materno deve ser mantido
  • A alimentação deve ser ofertada conforme aceitação
  • Usar repelente e mosquiteiro durante os primeiros 7 dias de doença, para não transmitir o vírus
  • Fazer repouso, evitando atividade física durante o período agudo da doença
  • Retornar à Unidade de Saúde no primeiro dia SEM febre (possível início da fase crítica da dengue). Se a febre persistir, retornar no quinto dia da doença (contados a partir do dia de início dos sintomas)
  • Outras dúvidas, telefonar para a Central Saúde Já 3350-9000
  • Manter o domicílio livre de recipientes que possam acumular água e se tornarem criadouros de mosquito

 

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