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26/06/2024

NÃO CAIA NESSA

FAKE NEWS: Vídeo de caminhão carregado com caixões foi gravado na Turquia, não no RS

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estadão

O que estão compartilhando: um vídeo de um caminhão sendo carregado com caixões destinados às vítimas da catástrofe ambiental que atingiu o Estado do Rio Grande do Sul.

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é falso. O vídeo foi filmado na Turquia, em fevereiro do ano passado. A empresa dona do caminhão que aparece na filmagem explicou que os caixões eram para as pessoas que morreram em um terremoto que atingiu o país.

Saiba mais: Circula na internet o vídeo de um caminhão sendo carregado com caixões de madeira. Um áudio foi inserido na filmagem. Nele, alguém diz: “vejam só quantos caixões estão sendo fabricados pra mandar pras vítimas do Rio Grande do Sul, para as pessoas que perderam sua vida na enchente”.

Vídeo foi filmado na Turquia

O Estadão Verifica procurou no Google pelo nome escrito na carreta do caminhão que aparece no vídeo. Na barra de pesquisa foi feita uma busca por “akkoç logistics”.

Destaque para o nome escrito na carreta do caminhão que aparece no vídeo Foto: Reprodução/Kwai

Um dos resultados foi o site de uma transportadora da Turquia. Mandamos um e-mail perguntando se sabiam informar onde o vídeo havia sido filmado e se tinha alguma relação com as vítimas do Rio Grande do Sul.

Enquanto aguardávamos a resposta, buscamos outros elementos do vídeo que nos ajudassem a identificar o local onde ele tinha sido filmado. Conseguimos confirmar que a gravação foi em Ancara, capital da Turquia, porque um veículo amarelo que passa ao lado da caminhão pertencia a um estabelecimento local. Confira no vídeo a seguir o passo a passo para chegar nessa conclusão.

Caixões foram para vítimas de terremoto

Em resposta enviada por e-mail ao Verifica, a transportadora turca confirmou que o vídeo tinha sido gravado em Ancara, em fevereiro de 2023. Eles explicaram que os caixões eram para as vítimas de um terremoto de magnitude 7,8 que atingiu a Turquia a Síria. Estima-se que o tremor vitimou 46 mil pessoas.

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