O HOJEPR conversou com os representantes do G7, grupo que reúne as sete principais entidades empresariais do Paraná, sobre as consequências, para a economia paranaense, da invasão russa à Ucrânia. Na primeira reportagem, o presidente em exercício da Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio), Ari Faria Bittencourt, faz uma avaliação dos impactos do conflito.
“São lamentáveis os acontecimentos entre Rússia e Ucrânia. Se faz necessário um esforço da diplomacia mundial para encontrar uma saída para este conflito, que além dos problemas humanitários, trará problemas econômicos incalculáveis para o mundo”, avalia o representante da Fecomércio.
A invasão das tropas russas sobre o território ucraniano já causou impactos nos principais índices econômicos. As cotações do dólar, do ouro e do petróleo dispararam. No Paraná, avalia Bittencourt, “poderemos ter uma nova elevação nos preços dos fertilizantes agrícolas, o que poderá afetar nosso agronegócio. Poderemos ter, ainda, problemas relacionados ao custo de fretes e insumos que são complementos de montagem do setor industrial brasileiro e paranaense”.
Para Bittencourt, “a subida do petróleo, gás e fertilizantes afetarão nossa agricultura. As bolsas do mundo todo tiveram quedas e alguns produtos que dependem dos países envolvidos no conflito, ou de seus aliados, podem afetar a economia”.
Outro problema para a economia paranaense está na provável queda de exportações, lembra Bittencourt. “Muitos países aliados dos dois lados terão dificuldades em negócios entre si, o que impactará em suas economias. Até que não ocorra uma solução para esta crise, o mundo ficará na expectativa e muitas exportações paranaenses poderão ser comprometidas, principalmente no setor de carnes, em que a Rússia é grande comprador”, disse ele. “Vamos ficar na expectativa de uma solução a curto prazo, para o bem de todos”, completou.