Há três semanas, a deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, recebia críticas por se meter em opinar na área econômica do pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva. Suas falas sobre reforma trabalhista agitaram o mercado financeiro e exigiram bombeiros petistas para manter a porta aberta com o setor. Depois disso, Gleisi se calou sobre o tema e cuidou das articulações políticas. E tem sido uma boa interlocutora com os aliados.
Lula tem dado a tarefa de Gleisi manter a tropa junta. Ela tem tratado pessoalmente sobre a filiação de Geraldo Alckmin ao PSB e será a representante oficial de Lula na cerimônia, nesta quarta-feira (23). É dela, também, a missão de organizar o lançamento da chapa Lula/Alckmin para o dia 3 de abril. E atuou como bombeira no caso de Marília Arraes, que sairá sem mágoas do PT e apoiando Lula, após ouvir os argumentos de Gleisi.
A deputada continua com seu tom forte e personalidade firme, mas os próximos a ela dizem que houve um amadurecimento com o tempo e a percepção de que negociar exige flexibilidade. Gleisi vem para mais um mandato. Vai buscar os votos do eleitor raiz de esquerda, a quem ela agrada com sua postura mais dura. Deve se eleger bem, ainda que não tenha tido tempo para fazer sua campanha. Tem viajado de um lado para outro ajudando na articulação nacional.
No sábado (26), ela deve estar com o presidente nacional do Partido Democrático Trabalhista (PDT), Carlos Lupi, em Niterói. Eles participam do “Festival Vermelho – Floresce a Esperança”, evento que celebra os 100 anos do Partido Comunista do Brasil. Entre os convidados está o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que confirmou sua participação no dia 26, e Ciro Gomes, que confirmou sua participação no evento no dia 25. O evento reunirá diversas outras figuras políticas do campo progressista.