A presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT), está travando uma batalha interna e silenciosa dentro do partido. Antes apontada como certa na coordenação e na direção do PT, ela começa a sofrer desgastes por causa da dificuldade em fazer alianças mais consistentes, da incapacidade de buscar parceiros mais ao centro da política e do empresariado e da falta de articulação para atrair mais políticos ao PT, durante a janela partidária.
Gleisi vem sendo atacada por parte da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), ligada ao grupo de Fernando Haddad, pelo grupo ligado a José Dirceu e também por Jacques Wagner, que reclamam da falta de jogo de cintura da presidente do PT. Eles reclamam que faltou habilidade para Gleisi em fechar uma federação com o PSB, vinculando o partido apenas ao PV e a o PCdoB.
Muitos outros políticos mais ao centro, como o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, sinalizaram para conversas que não foram adiante. O mesmo está se dando no campo econômico, com um empresariado desconfiado do PT. Esse distanciamento se deve a postura de Gleisi mais a esquerda.
Lula tem muito apreço por Gleisi, por ter sido sua aliada leal, em especial, no período que esteve preso. Uma substituição sem trauma seria através de uma eleição interna, que substituiria ela por alguém mais palatável.