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EDITORIAL

Greve no ferry boat: paralisação em pleno retorno de feriado é oportunismo barato

10/09/2023
ferry

Sem entrar no mérito do direito que qualquer trabalhador tem de fazer greve, a paralisação dos funcionários do ferry boat é uma manobra oportunista e em flagrante dissonância aos interesses dos usuários do serviço. A escolha da data, um dia de retorno de um feriado longo, vai prejudicar milhares de paranaenses que estão no litoral do Estado e necessitam do ferry boat para retornar aos seus lares, em todas as regiões do Paraná. Um absurdo que deve ser condenado não apenas pelos usuários, mas também pela justiça.

 

O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Marítimos e Fluviais e Empregados Terrestres de Empresas Aquaviárias, AgenciadorasMarítimas e Atividades Afins do Estado do Paraná (SETTA-PAR) decidiu fazer greve na tarde de sábado (9), em assembleia. A entidade quer reajuste salarial de 15% em um vale alimentação de R$ 900,00, enquanto a Internacional Marítima, empresa que opera o ferry boat, 8% e um vale de R$ 420,00 – atualmente é de R$ 250,00, segundo a empresa.

 

Até aí tudo bem. O problema é que o Setta-Par decidiu fazer uma contra proposta e, ato contínuo, entrar em greve enquanto aguarda uma resposta da Internacional Marítima, complicando a vida de milhares de famílias que precisam retornar do feriado.

 

A paralisação é oportunista à medida em que define um domingo de retorno de feriado prolongado como início de greve. A medida foi tomada com a clara intenção de chantagear a operadora do serviço que ou aceita a proposta do sindicato ou aceita o transtorno a milhares de pessoas que necessitam do serviço de ferry boat para retornar às suas casas e serão afetadas por uma greve que, desnecessária ou não, poderia começar na segunda-feira.

 

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