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14/05/2024

Implosão destruiu submarino que visitava Titanic e matou as cinco pessoas a bordo

titanic

Após quatro dias de drama e incertezas, a busca chegou ao fim. As cinco pessoas que embarcaram no submersível Titan em uma viagem turística para visitar os destroços do Titanic foram declaradas mortas nesta quinta-feira (22), depois que equipes de busca encontraram partes do submarino a 500 metros da carcaça do navio, que jaz no leito do Oceano Atlântico a uma profundidade de 4.800 metros.

 

Segundo a Guarda Costeira americana, o Titan implodiu em virtude da ‘catástrófica perda de pressão interna na cabine’. O submersível perdeu contato com o comando remoto em terra que o guiava na expedição rumo ao navio, naufragado em 1912, no domingo.

 

Morreram os bilionários Hamish Harding, presidente da empresa de jatos particulares Action Aviation e Shahzada Dawood, paquistanês vice-presidente do conglomerado Engro, além de seu filho Suleman, todos passageiros da expedição. A tripulação composta pelo mergulhador francês Paul-Henry Nargeolet, e Stockton Rush, CEO da OceanGate Expeditions são as outras vítimas.

 

“Estamos de luto pela morte da tripulação e dos passageiros”, disse a OceanGate, empresa dona da embarcação, em nota.

 

Mais cedo, um amigo da família de um dos passageiros disse à rede de TV britânica BBC que entre os destroços estariam a estrutura de pouso e a tampa traseira do submersível.

 

Fim do oxigênio

O anúncio na quarta-feira da detecção de ruídos subaquáticos por aviões P-3 canadenses na área de busca aumentou as esperanças e orientou a equipe internacional de resgate marítimo enviada ao local. Mas a corrida contra o tempo tornou diminuta a esperança de que os passageiros fossem encontrados vivos. Com oxigênio de emergência para 96 horas, o prazo teria acabado às 11h08 GMT (8h08 de Brasília).

 

A comunicação com o pequeno submersível Titan foi perdida no domingo, quase duas horas depois de o equipamento iniciar a descida em direção ao que restou do famoso transatlântico Titanic, a quase 4.000 metros de profundidade e a cerca de 600 quilômetros de Terra Nova, no Atlântico Norte.

 

Perigo da expedição

Nos últimos dias foi revelado um relatório sobre as falhas de segurança na embarcação.

 

David Lochridge, ex-diretor de operações marítimas da OceanGate Expeditions, a empresa fabricante, demitido por questionar a segurança do Titan, mencionou em uma ação judicial que o submersível é resultado de um “projeto experimental e não testado”.

 

De acordo com Lochridge, uma parte do submersível foi concebida para resistir à pressão a 1.300 metros de profundidade, e não a 4.000 metros.

 

Todos estavam cientes dos perigos da expedição, afirmou à BBC Mike Reiss, roteirista de televisão americano que visitou os destroços do Titanic no mesmo submersível no ano passado.

 

“Você assina um documento antes de embarcar, e na primeira página a morte é mencionada três vezes”, contou, ao lembrar que, durante a imersão em águas tão profundas, “a bússola parou de funcionar imediatamente e começou a girar”, fazendo com que eles tivessem que se mover às cegas na escuridão do oceano para buscar o transatlântico, que afundou em 1912, em sua viagem inaugural entre a cidade inglesa de Southampton e Nova York.

 

Das 2.224 pessoas a bordo do Titanic, cerca de 1.500 morreram em um dos naufrágios mais famosos da história.

 

Desde que os destroços foram descobertos em 1985, a área tem sido visitada por caçadores de tesouros e turistas ávidos por fortes emoções.

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