A colunista Bela Megale, do O Globo, anda dizendo que o presidente Jair Bolsonaro (PL) baixou a guarda em relação ao candidato ao Senado, Sérgio Moro (União Brasil). Após os acenos de Moro, na qual afirma estar alinhado com Bolsonaro no combate ao PT, a colunista diz que há interlocutores do presidente sugerindo trégua e aliança a Moro. A notícia não caiu bem para o deputado federal Paulo Martins (PL), apontado como candidato ao Senado de Bolsonaro, que foi taxativo ao falar com a nossa coluna: “essa notícia é fake!”.
Bela Megale afirma que a turma de Bolsonaro gostou do vídeo de Moro no qual ele afirma que eles têm o mesmo ponto em comum, que é o PT. O aceno de Moro e o bom índice nas pesquisas ajudaram os bolsonaristas a reduzir a antipatia à candidatura do ex-juiz. No entanto, Martins assegura que a imagem de Moro traindo o presidente, ao deixar o cargo de ministro e atacar Bolsonaro, não foi esquecida no Palácio do Alvorada.
Martins afirma que conta com o apoio pleno do presidente e tem o suporte do governador Ratinho Junior. Quando questionado porque o Palácio Iguaçu apoiou a ida do PSC e do Patriota para a ajudar Alvaro Dias, ao invés da sua candidatura, Martins afirma que a manobra foi para evitar que Alvaro saísse como candidato a governador.
Fontes dentro do Palácio Iguaçu confirmam que houve essa manobra para fortalecer a candidatura de Alvaro Dias, pondo o PSC e o Patriotas ao lado do Podemos. Com isso, evitou-se que Alvaro levasse o MDB local. Alvaro tinha se comprometido em levar o Podemos à chapa de Simone Tebet, em troca dos emedebistas paranaenses.
Essa manobra retirou tempo de Paulo Martins no horário eleitoral e vitaminou Alvaro. Sem o PSC e o Patriotas, que já estavam fechados com Martins, o deputado federal ficou com 28 segundos, mesmo tempo do candidato do Podemos antes de tirar Cesar Silvestri Filho (PSDB) e ter o apoio da Federação PSDB/Cidadania, do PSC e do Patriota.
Martins, que tem um bom trabalho nas redes sociais, considera que tem chances de lutar pela vaga ao Senado, apesar de ter um tempo curto no horário eleitoral.
É esperar as pesquisas de depois no início da campanha eleitoral para ver se Martins consegue crescer e quebrar a polarização entre Moro e Alvaro.
