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16/05/2024

Indicação ao STF: para Moro, Zanin deixou de responder perguntas importantes

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O senador Sergio Moro (União Brasil) não gostou do que ouviu como resposta aos seus questionamentos feitos ao advogado Cristiano Zanin na sabatina da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que aprovou o nome do indicado do presidente Lula ao Supremo Tribunal Federal (STF). “As respostas não foram muito precisas”, resumiu Moro ao ser questionado sobre o desempenho do sabatinado.

 

“Faltou responder algumas perguntas de uma maneira mais objetiva”, resumiu Moro ao ser questionado sobre o desempenho do sabatinado”. “Não ficou claro, por exemplo, em que casos o indicado vai se declarar suspeito ou impedido para julgamentos do Supremo Tribunal Federal”, disse.

 

O senador citou especificamente a a contratação de Zanin como advogado pelas empresas JBS e da J&F para revisar os acordos de delação premiada firmados entre os empresários desses grupos e os membros da extinta Lava Jato. Aprovado pelo Senado, Zanin poderá votar na ação que tramita no STF para definir se poderão ser revistos todos os tratados realizados pelos procuradores e juízes da operação.

 

Segundo o parlamentar, “ficaria mais confortável se o indicado tivesse dito que não julgaria qualquer causa envolvendo o presidente Lula no Supremo” e que não se pronunciaria sobre nenhum caso da operação Lava Jato”, já que, segundo Moro, “ele tem juízo muito definitivo” sobre o tema.

 

Moro comentou a atuação de Zanin na sabatina logo após votar na CCJ. O senador se recusou a expor como foi seu voto, mas garantiu que o fará em seu discurso no plenário do Senado, que deve votar a indicação ainda nesta quarta-feira (21).

 

Com processos anulados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e Zanin indicado pelo petista para assumir uma vaga na Corte, coube a Moro apresentar a maior lista de perguntas na inquirição do advogado na CCJ do Senado. Da relação familiar com Lula aos processos da Lava Jato, o senador cobrou uma posição do indicado ao STF.

 

Moro, assim como outros senadores de oposição, destacou a proximidade de Zanin com Lula. “Ele foi advogado particular, que é uma situação diferente, por exemplo, do ministro André Mendonça, que foi AGU (advogado-geral da União) defendendo o governo federal. Ainda que o presidente fosse Jair Bolsonaro, você está defendendo o governo federal. Não é uma relação pessoal, particular”, disse.

(Estadão Conteúdo)

 

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