O presidente do PDT, Carlos Lupi, já admite palanque duplo nos estados, nos quais haveria espaço para Lula e Ciro Gomes. E um dos estados seria o Paraná. A aliança entre Roberto Requião (PT) com o deputado federal Gustavo Fruet do PDT é vista com bons olhos pela direção nacional do Partido.
Na visão dos pedetistas, a disputa do Senado ficou ainda mais aberta com o retorno de Sergio Moro (União Brasil) ao Paraná. O ex-juiz deve acabar provocando uma divisão de votos no flanco da direita, onde disputam votos o senador Alvaro Dias (Podemos), o deputado federal Paulo Martins (PL) e a deputado federal Aline Sleutjes (Pros). Com isto, os votos das alas do centro-esquerda e esquerda podem eleger um senador pelo Paraná.
Se Gustavo Fruet conseguir atrair 30% dos eleitores que tradicionalmente votam na esquerda, teria chances concretas de ganhar a eleição. Hoje ele cativa os votos da turma dos eleitores centro-esquerda, em especial dos jovens e ricos de esquerda.
A possibilidade de se fortalecer no legislativo é uma das estratégias do PDT, além de dar palanque ao pré-candidato Ciro Gomes. A divisão de palanques não preocupa o PDT, que tem acordos em estados como Rio Grande do Norte e também no Ceará
Lupi garante que Ciro não sairá da disputa presidencial, mas considera “legítimas” as negociações locais com petistas.
