A candidata do PMB à Prefeitura de Curitiba, Cristina Graeml, gosta de anunciar que sua campanha não recebe dinheiro público, apenas doações de pessoas físicas. Um desses doadores, por sinal o que desembolsou o maior valor, R$ 50 mil, é o empresário Otavio Fakhoury, suspeito de financiar a divulgação de informações falsas sobre a pandemia.
Fakhoury foi vice-presidente do Instituto Força Brasil (IFB), entidade que ficou famosa por tentar intermediar a negociação de vacinas contra Covid entre a empresa Davatti e o Ministério da Saúde. Ele entrou no radar da CPI da Covid, realizada em 2021, quando os senadores aprovaram a quebra dos seus sigilos bancário, telefônico, telemático, desde abril de 2020. A Comissão também teve acesso ao sigilo fiscal do empresário, desde 2018. Dias antes de depor na CPI, Fakhoury obteve no Supremo Tribunal Federal (STF) direito de ficar em silêncio para não se autoincriminar.
Otávio Oscar Fakhoury também foi investigado no inquérito das Fake News, conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF). Em junho de 2020, o empresário entrou com um pedido de habeas corpus na Corte para tentar impedir a realização de busca e apreensão no âmbito da investigação. Mas o pedido foi negado pelo relator, ministro Edson Fachin.
Na pandemia, a Davati Medical Supply alegava ser a representante da AstraZeneca no Brasil. Na época AstraZeneca negou essa associação e divulgou que negociava a venda das suas vacinas somente com a Fiocruz. Comandada por Herman Cardenas, na mesma época a Davati também foi acusada de tentar aplicar golpes no Canadá, vendendo vacinas a uma associação de povos indígenas paralelamente ao governo canadense.
O nome de Fakhoury também aparece no inquérito da Polícia Federal que investiga os responsáveis por atos antidemocráticos realizados no ano passado.
Segundo a prestação de contas da campanha de Cristina Graeml, Fakhoury realizou duas transferências via Pix, uma dia 30/09, de R$ 20 mil, e outra no dia 02/10, de R$ 30 mil. No total, a campanha de Cristina recebeu R$ 50 mil do empresário. Curiosamente, no dia 1º de outubro, o empresário doou R$ 100 mil ao candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal. No dia 2 de outubro, Marçal gravou vídeo de apoio à candidata do PMB.
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(Imagem: acervo pessoal/redes sociais)
Nóóóóóóóóóssssa que escândalo heim gente, se eu fosse a Cristina desistia da eleição depois desta bomba.