Dos 12.544 falecimentos registrados em Curitiba no ano de 2024, 3.098 foram mortes cardiorrespiratórias, como infarto agudo ou acidente vascular cerebral, representando 24% do total. Em segundo lugar, ficaram os óbitos decorrentes de tumores, com 2.865 falecimentos, na maioria de pele, mama e próstata, deixando somente em terceiro posto as mortes provocadas por fatores externos, que foram 1.051, como acidentes de trânsito e violência interpessoal, por exemplo. Os números foram trazidos à Câmara Municipal de Curitiba (CMC), nesta terça-feira (25), pela nova secretária de Saúde, Tatiane Filipak.
“As mortes cardiorrespiratórias, [em geral] são consequência de doenças crônicas, onde os pacientes não fazem o acompanhamento adequado, não mudam o estilo de vida. Mais de 50% dos curitibanos estão acima do peso, dos quais 22% em obesidade”, exemplificou Tatiane Filipak. “Um paciente diabético tem seis vezes mais chances de infartar do que um não diabético”, completou, enquanto apresentava os planos de expansão da rede pública de Saúde. Por outro lado, as causas externas são os principais motivos de internamento, respondendo por 16.067 casos em 2024.
“A demanda [para o SUS de Curitiba] só vem aumentando. Temos um grande quantitativo de cidadãos que ontem tinham plano de saúde e que hoje não têm mais. E é o SUS de Curitiba que vai assumir esse paciente. Temos também um grande volume de imigrantes chegando na cidade”, complementou Tatiane Filipak, informando que a maior parte da população é do sexo feminino e tem entre 20 e 59 anos de idade. Presidida por Sidnei Toaldo (PRD), a audiência pública na Câmara de Curitiba foi coordenada pela Comissão de Saúde e Bem-estar Social.
SUS de Curitiba realizou mais de 10 mil consultas médicas por dia em 2024
Tatiane Filipak atualizou o número da rede SUS em Curitiba, informando que a cidade terminou o ano com 310 equipamentos. A relação inclui 109 Unidades Básicas de Saúde (UBS), 9 Unidades de Pronto Atendimento (UPA), 2 hospitais próprios e 15 da rede complementar, 13 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e 1 unidade de Telerregulação. Em recursos humanos, somando a SMS e a Fundação Estatal de Atenção à Saúde em Curitiba (Feas), são 10.498 profissionais.
No ano de 2024, a Atenção Primária à Saúde realizou 2,13 milhões de consultas médicas (8.908/dia), 986 mil consultas com enfermeiros (4.110/dia), 13,4 milhões de procedimentos de enfermagem (55,9 mil/dia) e 1,44 milhão de saúde bucal (6 mil/dia). As UPA realizaram 1,3 milhão de consultas (3,7 mil/dia). Somando apenas esses atendimentos, são mais de 10 mil consultas médicas por dia, além daquelas realizadas pela Central Saúde Já, que registrou 465 mil atendimentos no ano, sendo 286,9 mil com médicos, 162,9 mil com enfermeiros e 15,3 mil administrativos. Nos CAPS, que concentram a produção em Saúde Mental, foram 14,3 mil acolhimentos.
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