O Museu Oscar Niemeyer (MON) abre na próxima quinta-feira (25) a exposição “Elizabeth Jobim – O Tempo das Pedras”, na Sala 3, com curadoria de Taisa Palhares. São mais de 100 obras com variadas técnicas, como nanquim, grafite ou acrílica sobre papel; óleo sobre tela; tecido e óleo sobre linho costurado; carvão sobre papel; e concreto pigmentado, madeira e granito.
Segundo a secretária de Estado da Cultura, Luciana Casagrande Pereira, na mostra o visitante terá a oportunidade de ver de perto várias décadas reunidas do trabalho dessa que é uma das mais importantes artistas visuais contemporâneas.
“Elizabeth Jobim é uma referência para muitas gerações de artistas, e sua mostra no Museu certamente trará um amplo panorama de suas produções ao longo de uma extensa e importante trajetória”, afirma. “Uma oportunidade imperdível para entrar em contato com o trabalho de uma das mais importantes artistas do cenário contemporâneo nacional e internacional”.
Segundo a diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika, a subjetividade da obra de Elizabeth Jobim leva o visitante a um passeio que inclui desenhos, pinturas, costuras e tridimensionalidade. “De maneira poética, sem a necessidade das palavras, ela nos fala sobre o tempo e o acaso. Sua obra evoca reflexões profundas”, diz.
Com dezenas de exposições individuais e participações em coletivas, dentro e fora do Brasil, Elizabeth Jobim possui obras espalhadas pelo mundo. Seus trabalhos estão em coleções públicas de instituições como o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio), Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) e The Bronx Museum of the Arts (Nova York).
Sua trajetória teve início nos idos de 1980, ao participar da histórica exposição “Como Vai Você, Geração 80?”, no Parque Lage, no Rio de Janeiro, e segue em curva ascendente até a atualidade. Muitos pontos altos desse caminho podem ser vistos na exposição “O Tempo das Pedras”.
“Meu interesse se orienta em torno de um eixo que é a passagem do espaço para o plano e vice-versa”, afirma a artista. “O trabalho parte, nos anos 1980, do desenho de observação de esculturas, que vai reverberar nas grandes instalações com pinturas no espaço, em que o público é envolvido pela cor”.
Ela explica que, nos blocos, o pigmento se corporifica no espaço, em diálogo com a arquitetura. Na última sala, há uma conversa entre materiais diferentes tanto nas telas costuradas como nas esculturas em granito e cimento pigmentado. “‘O Tempo das Pedras’ perpassa todo esse percurso, com a escolha certeira da curadora Taisa Palhares”, acrescenta.
Serviço
Exposição “Elizabeth Jobim – O Tempo das Pedras”
Data: a partir do dia 25 de abril
Local: Museu Oscar Niemeyer (Rua Marechal Hermes, 999 – Centro Cívico)
Horários: de terça-feira a domingo, das 10h às 18h
Instagram: @museuoscarniemeyer
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(Foto: Rafael Salim)