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28/04/2024

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Moraes manda prender ex-assessor de Bolsonaro por obstrução de Justiça

 Moraes manda prender ex-assessor de Bolsonaro por obstrução de Justiça

 

 

O ex-ajudante de ordens da Presidência, tenente-coronel Mauro Cid, foi preso nesta sexta-feira (22), após audiência com o desembargador Airton Vieira, juiz instrutor do gabinete do Ministro Alexandre de Moraes para confirmar os termos de sua delação premiada. O mandado de prisão, com caráter preventivo, foi expedido por Moraes por descumprimento de medidas cautelares impostas ao tenente-coronel – que estava em prisão domiciliar – e obstrução à Justiça.

 

O Supremo Tribunal Federal informou que a validade da delação de Cid – a homologação, feita por Moraes – está sob análise.

 

Cid compareceu ao STF na tarde desta sexta após a divulgação de áudios em que ele diz que o inquérito da Operação Tempus Veritatis é uma “narrativa pronta”. Cid também diz que o ministro Alexandre de Moraes já tem a sentença dos investigados. As gravações foram reveladas pela revista Veja, sendo que, em uma delas, o militar afirma que os investigadores ‘não queriam saber a verdade’ sobre a tentativa de golpe de Estado, e sim confirmar uma ‘narrativa pronta’.

 

Os áudios podem respingar diretamente na delação premiada fechada pelo tenente-coronel, por isso o gabinete de Moraes resolveu intimar o ex-ajudante de ordens da Presidência. As revelações do militar abasteceram uma série de inquéritos que miram o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, em especial a investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado tramada pela cúpula do governo Bolsonaro.

 

O depoimento de Cid, no STF, se dá dez dias depois de o delator comparecer à Polícia Federal para ser ouvido, pela sexta vez, no bojo do acordo de delação premiada fechado com a corporação e homologado pela Corte máxima. A oitiva durou mais de nove horas e foi realizada em um mesmo dia à pedido da defesa de Cid. Na ocasião, Cid confirmou detalhes de uma série de encontros com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro e da cúpula de seu governo para debaterem um plano de golpe de Estado, mas afirmou não ter participado da discussão entre Bolsonaro e o alto escalão das Forças Armadas sobre o mesmo tema.

 

Além disso, a oitiva ocorre logo após o indiciamento do ex-presidente por associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informação na investigação sobre a fraude na carteira de vacinação de Bolsonaro e de sua filha Laura. Cid também foi incriminado pela PF, não só pelos delitos ligados aos documentos falsos do ex-chefe do Executivo, mas também pelas investidas para conseguir comprovantes de imunização contra a covid-19 para sua mulher Gabriela e suas filhas.

 

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