O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), colocou em prisão domiciliar a cabelereira Débora Rodrigues dos Santos, acusada de ter pichado com batom a frase “Perdeu, mané” na estátua da Justiça, que fica em frente ao prédio da Corte, durante os atos golpistas de 8 de Janeiro de 2023. A decisão atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
“Na presente hipótese, estão presentes os requisitos legais necessários para a imposição das medidas cautelares”, escreveu o ministro.
Enquanto estiver em prisão domiciliar, Débora deverá cumprir uma série de exigências, como usar tornozeleira eletrônica, não acessar as redes sociais e nem conceder entrevistas. Se violar alguma medida cautelar, ela pode voltar à prisão.
Em parecer enviado ao STF nesta sexta-feira (28), o procurador-geral Paulo Gonet defendeu o relaxamento da prisão preventiva de Débora pelo menos até que ela seja julgada.
O julgamento da cabelereira foi interrompido por um pedido da vista do ministro Luiz Fux e não tem prazo para ser retomado. O regimento interno do STF prevê que, em caso de vista, o processo precisa ser devolvido para julgamento em até 90 dias ou poderá ser liberado automaticamente para ser incluído novamente na pauta.
Gonet menciona no ofício ao STF que Débora é mãe de dois filhos menores de 12 anos e que a investigação sobre sua participação no 8 de Janeiro já foi concluída.
“O encerramento da instrução processual e a suspensão do julgamento do feito, com imprevisão quanto à prolação de acórdão definitivo, aliados à situação excepcional prevista no art. 318, V, recomendam a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar, ao menos até a conclusão do julgamento do feito, em observância aos princípios da proteção à maternidade e à infância e do melhor interesse do menor”, disse na manifestação.
Moraes votou para condenar Débora a 14 anos de prisão em regime inicial fechado. A dosimetria da pena foi o que levou o ministro Luiz Fux a interromper o julgamento. Ele considerou a pena exagerada e vai propor uma sentença menos dura.
Débora está presa na Penitenciária Feminina de Rio Claro, em São Paulo, desde a oitava fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal em março de 2023. A operação investigou os radicais e os financiadores dos atos de vandalismo.
Em depoimento, a cabelereira confirmou que vandalizou a escultura com batom vermelho. Ela afirmou que agiu no “calor do momento” após um homem ter pedido a ela que terminasse de escrever a frase no monumento. Também disse que não sabia do valor simbólico e financeiro da estátua.
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Qualquer um tem o direito a liberdade de expressão e a livre manifestação, desde que exercido com responsabilidade, ou seja esses direitos não são absolutos, se ela tivesse ficado em casa cuidando dos filhos e/ou do marido, não tinha se envolvido em tais atos.
Não vou provocar este ditadorzinho porque o momento é para celebrar a liberdade desta mãe! Graças a Deus estas crianças terão sua mãe de volta!