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“Não me imagino fora da política”, garante o senador Alvaro Dias

18/05/2022
Alvaro

O senador Alvaro Dias (Podemos) afirma que define seu destino político somente em julho. Enquanto isto, aguarda o chamado dos eleitores e do partido para decidir se sai de novo ao Senado, se disputa o governo do Paraná ou se sai a presidência. Em entrevista à coluna diz que está “disposto ao sacrifício pelo partido” e que não se imagina fora da política.

 

Dias falou dos desafios de disputar uma eleição num ambiente polarizado. Afirmou que pensou em deixar a política, mas que agora sua meta é construir o Podemos e não tem medo de ficar sem cargo, pois vai continuar na política. “Não quero ser aquele professor que, preparado com o dinheiro público, faz mestrado, doutorado, pós-doutorado e no auge, aposenta-se e prefere o conforto de seu sofá”, exemplifica.

 

Eleições 2022

“Ao contrário dos outros não me coloco como candidato de mim mesmo. Estou aguardando a definição do partido, cujas convenções serão em julho. Existem três possibilidades. Ir para a disputa da presidência, do governo do Paraná ou a minha reeleição ao Senado.

 

Tenho a maturidade política de respeitar a decisão do partido e ir ao sacrifício. Como fiz em 2018, disputando a presidência.

 

Por enquanto estamos aguardando as definições de outros partidos para pensarmos se vamos fazer alianças ou lançar um candidato nacional para termos o protagonismo na disputa. Estamos dentro do prazo”.

 

Polarização

“Há uma grande polarização entre nomes. É impossível avaliar agora se o lançamento de outro nome terá mais ou menos dificuldade em disputar a eleição. Para o Podemos, que é um partido com cinco anos e está em construção, considero que a eleição para a presidência seja dificílima, para o governo será difícil. Mas toda eleição é uma incógnita e aprendi a não subestimar os concorrentes e entender que é possível. Nunca fugi de uma luta e sempre trabalhei até o último momento. Mesmo quando estava na frente só parei quando saiu o resultado das urnas”, disse o senador.

 

Reforma partidária

“A dificuldade de emplacar uma nova candidatura é consequência de um momento político do Brasil, onde se trabalhou a depredação da política. O uso de instrumentos políticos, como o fundão eleitoral e orçamentos secretos, promove um estelionato eleitoral. Eles têm o peso de influírem nas escolhas e alianças dos partidos, por causa dos recursos e tempo de televisão, e desequilibram o jogo, tornando a disputa desproporcional. Defendo uma reforma política real. Não este arremedo de colcha de retalhos que foi aprovado. Uma pseudo-reforma. Precisa haver mais equilíbrio para a disputa poder ficar mais justa e democrática”.

 

Tempo de televisão

“O pouco tempo de televisão e rádio atrapalha. Em que pese afirmarem que as redes sociais substituem, acredito que  elas apenas complementam. Se for para uma reeleição, vou precisar de tempo para prestar contas para meus eleitores, pois a mídia não divulga meus atos. E na disputa presidencial precisa de tempo para apresentar propostas. Se houver mais tempo, o eleitor não precisa de intermediários para ter acesso a nossa informação. Pois o eleitor vai e se informa. Por isto, uma aliança será importante”, avalia Alvaro.

 

“Lançar uma candidatura em julho pode ser uma estratégia positiva, pois logo emenda com debates e todos os candidatos terão a mesma visibilidade. Todas as informações sobre o candidato estarão noticiário. Quem lançou antes acabou sendo queimado pela máquina de desconstrução das redes sociais”, completa.

 

Ter mandato

“Ter um mandato hoje, não é prioridade. A prioridade é prestar serviço. Ser respeitado.  Ser respeitado, na vitória e na derrota. E manter a integridade, o que é fundamental e muito mais importante que ter um mandato. Não me imagino fora da política. Estou no auge de meu conhecimento e força física, posso dar mais para o Brasil E para o Paraná, terra que tantos mandatos meu deu. Não quero ser aquele professor que preparado com o dinheiro público, faz mestrado, doutorado, pós-doutorado e no auge, aposenta-se e prefere o conforto de seu sofá”.

 

Sergio Moro

“Tenho dificuldade de abordar este tema. Temos o Moro magistrado e o novato político. Ele teve poucos meses na política para ser julgado. Podemos julgar ele pelo bom trabalho que fez na magistratura, ajudando o Brasil. Prefiro essa lembrança. Não vou contribuir para desgastar a imagem do magistrado Moro”.

1 Comentário

  • Não é necessário “imaginar”, considere-se!

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