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28/04/2024



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Nirvana: a explosão do grunge

 Nirvana: a explosão do grunge

Hoje apresento um clássico dos anos 1990: Nevermind, do Nirvana. O segundo álbum da banda, lançado em 24 de setembro de 1991, foi um marco para a década. E até hoje é venerado por muitos. Posso dizer que sempre preferi Pearl Jam e Alice In Chains e idolatrei Soundgarden, quando se tratava do movimento “grunge”. Mas este álbum é antológico. A produção de Butch Vig é uma perfeição. Extraiu da banda tudo o que ela poderia dar. E ela deu. Deu tanto que se tornou um dos álbuns mais apreciados da época e é, até hoje, cultuado. Já chegou a 31 milhões de cópias vendidas no mundo.

 

 

O álbum inicia com o maior sucesso da banda: Smells Like Teen Spirit. Um verdadeiro petardo! Avassalador. Um pequeno riff da guitarra de Kurt Cobain e uma bateria poderosa, a cargo do recém-integrado Dave Grohl. E que levada tem essa bateria. Ela comanda toda a canção. Sensacional. A música é descompassada, passando de uma sutileza para o pesado de uma forma incrível. O baixo de Chris Novoselic é firme e reto.

In Bloom chega rasgando o álbum, também com uma sutileza inicial, porém vai crescendo e se tornando destruidora. A linha de baixo é simples, porém magnífica. E a bateria? Novamente manda na canção. É a minha faixa preferida.

Come As You Are e sua linha melódica resgatam os anos 1970. Sim, década que influenciou muito a banda. A bateria leva a canção nas costas. A voz de Cobain é maravilhosa. E tem uma guitarra bem bacana. “And I swear that I don’t have a gun, no I don’t have a gun”. Espetacular.

Breed começa alucinante. É uma das canções mais viscerais do álbum. Tem guitarras distorcidas e um baixo claro e pesado. Grohl carregou a linha da bateria para a sua banda, Foo Fighters.

Lithium começa com aquela calmaria desconfiável. Mas o peso logo aparece. E aparece com uma sonoridade fabulosa. A guitarra é suave e o baixo manda na canção. A bateria é ritmada, mas seu peso entra na hora certa. “I like it, I’m not gonna crack, I miss you, I’m not gonna crack, I love you, I’m not gonna crack, I killed you, I’m not gonna crack”.

Polly é uma balada (?) inspirada num caso real de estupro. Sua melodia é triste, com um violão simples, de poucos acordes. Cobain canta com o seu sofrimento característico.

Territorial Pissings inicia com Novoselic ironizando uma canção dos anos 1960. E logo entra a bateria destruidora de Grohl. Rapidez, barulho e melodia. A receita Pixies de ser.

Drain You tem a mesma receita: uma voz rasgada, um baixo reto, guitarra suja e uma bateria pesada. Tudo como a banda sempre foi. E a letra é sobre o término de um relacionamento. “One baby to another said I’m lucky to have met you”.

Lounge Act começa com um riff espetacular de baixo. Logo a bateria mostra sua voracidade. Uma guitarra bem ritmada e com levada punk. Cobain canta no início e depois berra a letra, com sua gana inconfundível.

Stay Away apresenta bateria e baixo, mostrando como é uma “cozinha” pesada. A voz de Cobain é maravilhosa, ora declamando, ora berrando a letra da canção. A guitarra é, mais uma vez, influenciada pelo Pixies.

On A Plain é outra pérola do álbum. Com sua guitarra pesada e suja, apresenta uma melodia divertida e alegre. Cobain canta despretensioso. E a bateria é outra aula de ritmo e peso. “I love myself better than you, I know it’s wrong so what should I do?”.

Something In The Way encerra o álbum. É outra balada (?). Depressiva e soturna apresenta o violoncelo de Kirk Canning, tornando-a mais um lamento do que uma canção. Cobain canta com um sentimento triste e toca uma guitarra acústica, parecendo um folk dos anos 1960. A bateria ajuda na tristeza. Uma canção digna de se fechar um álbum icônico e memorável. Um dos maiores álbuns da década de 1990. Gostando ou não, o álbum foi um divisor de águas para a dita “música alternativa”. É um álbum de rock’n’roll. Do bom e velho rock’n’roll.

 

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