Maria Rita homenageou a mãe, Elis Regina, na última sexta (19), dia em que se completam 42 anos de morte do ícone da MPB. A cantora publicou uma montagem feita por um fã que mostram as duas, adultas, lado a lado – Elis faleceu quando sua caçula tinha apenas 4 anos. “19/01 nunca é fácil pra mim. Me recolho nos meus pensamentos e saudades e questionamentos… É o dia que mais converso com ela, que mais choro sua ausência. Eu nunca acordo normal”, escreveu.
A cantora confessou que passou por questões profissionais profundas e, nesses momentos, é quando mais sente a ausência da mãe. “No passado, sentia raiva (não por ela ter morrido, mas sim porque não tinha ela pra conversar…). Neste ano, estou cansada e triste. Não eu, mas a alma. E ela queria que eu não fosse pesada nunca… eu ainda não consegui realizar esse sonho dela”, revela.
“Olho o sorriso dela nas fotos, o amor que as pessoas ainda sentem por ela, as nossas semelhanças físicas e afins nas montagens de fãs – e isso traz tanta luz pra minha vida que sigo persistindo… seremos leves, minha mãe… seremos sim”, conclui a cantora.
Maria Rita recebeu mensagens de carinho de amigos como Astrid Fontenelle e Péricles. O sambista revelou que se impressionou com a foto das duas: “Fiquei assustado quando vi. A gente te ama num grau que você nem imagina”, escreveu.
Cantar como cuidado
Maria Rita falou sobre sua relação com as músicas de sua mãe, Elis Regina, em entrevista a Fátima Bernardes no ano passado. A artista revelou que cantar o repertório de Elis é uma forma que ela encontrou de “cuidar” da mãe. “Eu tinha uma sensação de que eu não tive (e não tenho) como cuidar da minha mãe. Em algum momento, a gente cuida dos nossos pais, né? E eu não tenho. E aí eu senti que eu tava cuidando dela, cantando pra ela. Que é a única coisa que eu sei fazer de melhor na vida. Como trazer minha ‘véinha’ pro rolê'”, explicou.
Elis & Tom
Mesmo com quatro décadas de sua ausência, a música de Elis não deixa de reverberar. No ano passado, o documentário Elis & Tom – Só Tinha de Ser Com Você, de Roberto de Oliveira, atraiu fãs dos dois grandes nomes da música para as salas de cinema brasileiras Teve, ainda, boa recepção em festivais nacionais e internacionais. Tanto, que o filme até pleiteou uma vaga no Oscar 2024.
Elis & Tom conta, por meio de imagens de arquivo, o encontro de Elis Regina e Tom Jobim em um estúdio de Los Angeles, em 1974. Eles se juntaram para a gravação do álbum que se tornou um dos maiores clássicos da música popular brasileira.
O longa ainda renderá mais frutos. Em entrevista ao Estadão, o diretor Roberto de Oliveira disse que o material usado no filme, e registrado por ele em 1974, dará origem a uma exposição que terá início neste 2024, quando o disco completa 50 anos.
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(Foto: Reprodução)
(Estadão Conteúdo)