A Câmara Municipal de Curitiba virou uma novela quando o assunto é o jurídico. Depois de vários bate e volta da cassação do vereador Renato Freitas (PT), agora é a vez do vereador Éder Borges (PP), que conseguiu retomar o cargo com nova decisão na Justiça.
Borges foi afastado porque havia a denúncia que ele já tinha sido condenado, com processo tramitado e julgado, sem possibilidade de recursos. A decisão foi avalizada pela procuradoria da Casa e o vereador afastado. Borges recorreu e obteve o cargo. Mas a Câmara recorreu e derrubou a decisão.
Agora, o desembargador Miguel Kfouri Neto, do Tribunal de Justiça do Paraná, deliberou e pediu a retificar o processo contra Borges, alegando que há recursos que ainda não foram julgados. O vereador foi condenado por ter feito difamação contra a APP-Sindicato (sindicato dos professores), em 2006. Durante a ocupação a uma escola por estudantes, Borges fez uma montagem associando a bandeira socialista à APP, informando que era esse tipo de educação que os professores dão aos filhos.
Ele perdeu o processo e foi condenado. No entanto, duas ações da própria APP ficaram paradas. O desembargador deu prazo para o sindicato se manifestar sobre o assunto. Com a decisão, Borges pode voltar a ocupar o cargo.
