O número total de pessoas desalojadas em decorrência das fortes chuvas que há dias assolam o Rio Grande do Sul chegou a 537 mil na noite deste sábado (11), segundo balanço mais recente da Defesa Civil do Estado.
Trata-se de uma diferença expressiva em relação aos números divulgados um pouco mais cedo, às 12h, quando 339 mil pessoas estavam nessas condições.
Ao todo, 136 pessoas morreram por conta das chuvas no Estado, mas esse número pode aumentar. Novas chuvas são esperadas no Estado ao longo dos próximos dias.
Além disso, conforme o boletim mais recente da Defesa Civil, divulgado às cerca de 19h pela Defesa Civil, há 125 desaparecidos, além de 806 feridos entre as pessoas já resgatadas.
Cerca de 537,3 mil pessoas estão desalojadas no Rio Grande do Sul. Entre elas, ao menos 81 mil estão em abrigos. A situação já afeta mais de 2,1 milhões de gaúchos, segundo o balanço.
Ao menos 446 dos 497 municípios do Estado foram afetados. Foram resgatados, até aqui, 74 mil pessoas e 10 mil animais, em ações que mobilizam um efetivo estadual de 27 mil pessoas.
Ao mesmo tempo, as próprias vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul assumem a linha de frente de salvamentos, em cenário praticamente sem precedentes na história do Estado.
Depois de perder tudo, com barcos improvisados, sem estrutura e equipamentos, moradores se revezam há dias para resgatar vítimas em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre.
Alerta
Diante da previsão de chuva forte neste domingo, 12, em grande parte do Rio Grande do Sul, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) emitiu alertas para o risco de novas inundações e deslizamentos de terra no Estado.
De acordo com o órgão, o Lago Guaíba receberá toda água que se desloca pelas bacias dos rios Jacuí, Taquari-Antas, Caí, Sinos e Gravataí, “agravando muito a situação da cidade de Porto Alegre”. O nível do Lago Guaíba se encontra em 4,58m, 1,58m acima da sua cota de transbordamento.
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